“Trata-se de uma resposta à tentativa de ciberataque contra a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) e os conhecidos publicamente como ‘WannaCry’, ‘NotPetya’ e ‘Operation Cloud Hopper'”, afirmou o Conselho da UE em um comunicado.
Em 2019, a UE estabeleceu um quadro de sanções para os responsáveis por ciberataques, a fim de “preservar a segurança e os interesses europeus” e, embora não tenham citado nenhum país, denunciaram no passado ataques da China, da Rússia e da Coreia do Norte.Os primeiros afetados por esse regime de sanções, que impede os cidadãos europeus de disponibilizarem recursos para os registrados, estão relacionados com esses três países.
Em resposta a uma tentativa de ataque cibernético contra a OPAQ, frustrada pelos serviços de Inteligência holandeses em 2018, a UE sanciona dois agentes e dois especialistas em informática do GRU russo.Os agentes, Alexey Minin e Oleg Sotnikov, e os especialsitas, Evgenii Serebriakov e Aleksei Morenets, não poderão, portanto, viajar para o bloco. Além disso, seus ativos na UE serão congelados.
“O preço do mau comportamento está aumentando, porque os ‘maus’ estão se safando com muita frequência”, disse o ministro holandês das Relações Exteriores, Stef Blok. A UE também incluiu na lista o Centro Principal de Tecnologias Especiais do GRU pelo ciberataque “NotPetya”, em 2017, assim como a entidade chinesa Huaying Haitai e a norte-coreana Chosun Expo por “Cloud Hopper” e “WannaCry”, respectivamente.
Pela operação “Cloud Hopper”, direcionada contra sistemas de empresas multinacionais na Europa e em outros países, a UE também aplicará sanções aos cidadãos chineses Gao Qiang e Zhang Shilong. “As medidas são consequência da constante sinalização e determinação da UE (…) para proteger a integridade, segurança, o bem-estar social e a prosperidade de nossas sociedades livres e democráticas”, declarou o chefe da diplomacia comunitária, Josep Borrell.