O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje que ordenou um “aumento substancial” nas sanções contra o Irã, após os ataques de sábado a instalações petrolíferas sauditas pelas quais os norte-americanos responsabilizam Teerão.
“Acabei de instruir o secretário do Tesouro a aumentar substancialmente as sanções contra o Irã”, disse o Trump numa mensagem publicada na sua conta no Twitter, três dias após os ataques a instalações de exploração de petróleo na Arábia Saudita.
Essas sanções, cuja natureza ainda estão por ser detalhadas, serão adicionais às medidas punitivas já impostas por Washington à Teerão desde que o Presidente norte-americano retirou o seu país em maio de 2018 do acordo nuclear iraniano.
O Presidente dos Estados Unidos considera este acordo – assinado em Viena, entre o Irã, Estados Unidos e outros países em 2015 – insuficiente para impedir que a República islâmica consiga produzir a bomba atómica e desestabilize o Médio Oriente.
Donald Trump, que tem sido menos categórico do que membros da sua administração nos últimos dias sobre a responsabilidade do Irã nos ataques de sábado, embora tenha confirmado que era o principal suspeito, disse no domingo que estava “pronto a responder” e que dispunha de muitas “opções”.
O chefe de diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, é esperado hoje em Jeddah para discutir com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman a resposta a dar aos ataques.
O Governo iraniano advertiu oficialmente os Estados Unidos de que vai responder de forma “imediata” a qualquer agressão, reagindo assim à posição de Washington.
“Caso venha a ser levada a cabo qualquer ação contra o Irão haverá uma resposta imediata e o alcance da resposta não se vai limitar a uma ameaça”, refere uma nota oficial publicada hoje na imprensa iraniana.
Na nota, o governo iraniano sublinha que os ataques contra a Aramco “não foram obra do Irã”, condenando e desmentindo as acusações do Presidente norte-americano e de Pompeo.
Os ataques foram reivindicados pelos rebeldes iemenitas Huthis que anteriormente já tinham lançado vários ataques contra a Arábia Saudita como retaliação pela intervenção da coligação liderada pelos sauditas na guerra que o país enfrenta desde 2015.