A Arábia Saudita anunciou na última semana dois grandes projetos ambientais, a Iniciativa Verde Saudita e a Iniciativa Verde do Oriente Médio, que devem ser os responsáveis pelo maior florestamento do mundo, segundo anúncio feito pelo príncipe herdeiro saudita Mohammed Bin Salman na última semana.
A meta do governo saudita é plantar 10 bilhões de árvores na Arábia Saudita e 40 bilhões no Oriente Médio, além de reduzir em 130 milhões de toneladas as emissões de gás carbônico no país árabe e em 60% todas as emissões da região. Também estão previstos nos projetos lançados a restauração de 40 milhões de hectares de solo degradado na Arábia Saudita e de 200 milhões de hectares no Oriente Médio.
De acordo com informações divulgadas pelo site do jornal saudita Arab News, a área do plantio de árvores terá o dobro do tamanho da Grande Muralha Verde na região do Sahel. Essa muralha é um projeto lançado pela União Africana em 2007 com o objetivo de criar uma faixa de árvores com 15 quilômetros de largura 7,7 mil quilômetros de extensão para impedir que o Deserto do Saara avance pelo continente africano.
“Como um líder na produção global de petróleo, estamos totalmente conscientes da nossa responsabilidade de fazer avançar a luta contra a crise climática e que, assim como desempenhamos um papel de liderança na estabilização dos mercados de energia durante a era do petróleo e do gás, trabalharemos para liderar a era verde que se aproxima”, disse o príncipe Salman no lançamento das iniciativas.
Na Arábia Saudita, além de proporcionar aumento de cobertura vegetal, redução de emissões de carbono, poluição e degradação do solo, a iniciativa verde também vai focar na preservação da vida marinha e do ambiente costeiro e no aumento das áreas naturais protegidas. Na comparação com o cenário atual, o plantio de árvores deve aumentar em 12 vezes a cobertura vegetal o país.
A Iniciativa Verde do Oriente Médio terá um trabalho em coordenação com os países vizinhos do Conselho de Cooperação do Golfo, grupo formado por Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Bahrein e Kuwait, além de outras nações do Oriente Médio. A Arábia Saudita informou que vai trabalhar com parceiros regionais repassando conhecimentos e compartilhando experiências para a redução das emissões.