Ele anunciou hoje que “haverá consequências” às sanções “inaceitáveis” impostas por Pequim à instituição em retaliação a medidas adotadas no Conselho da União Europeia (UE) por violação de direitos humanos dos uigures.
“As sanções da China a eurodeputados, à Subcomissão dos Direitos Humanos e a entidades da UE são inaceitáveis e terão consequências”, disse Sassoli, numa mensagem divulgada na sua conta na rede social Twitter.
“Os direitos humanos são inalienáveis”, sublinhou o presidente do PE, salientando que os eurodeputados e as entidades em causa expressaram opiniões, exercendo os seus direitos democráticos.
O Conselho da União Europeia (UE) aprovou hoje sanções a 11 pessoas e quatro entidades por violação dos direitos humanos, incluindo na China, sendo que neste país são adotadas pela primeira vez desde o massacre na Praça de Tiananmen, em Pequim, em 1989.
Segundo um comunicado do Conselho da UE, os casos de violações e atropelos graves de direitos humanos hoje visados por sanções incluem detenções arbitrárias em grande escala, em particular de uigures em Xinjiang, na China.
Em retaliação, Pequim anunciou medidas restritivas contra dez pessoas, incluindo vários eurodeputados acusados de “minar seriamente a soberania e interesses da China e de disseminar mentiras e desinformação”.
Os visados pelas autoridades chinesas não poderão entrar na China, Hong King ou Macau. A retaliação de Pequim abrange ainda a Subcomissão dos Direitos Humanos do PE e órgão do Conselho que reúne os embaixadores dos 27 e preparou o texto das sanções.
Ativistas de direitos humanos estimam que mais de um milhão de uigures e outras minorias predominantemente muçulmanas estão ou foram mantidos em campos nesta região noroeste, onde a China também é acusada de esterilizar mulheres à força e impor trabalho forçado.