Data foi comemorada em todo país, inclusive na Praça Vermelha
Rússia celebrou nesta quarta-feira (9) o aniversário de 73 anos da vitória da extinta União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
Como em todos os anos, as festividades do dia se concentraram na Praça Vermelha, em Moscou, onde o presidente da Rússia, Vladimir Putin, presidiu um desfile militar, que contou com mais de 13 mil soldados, 75 aviões e 84 blindados, segundo dados do Ministério da Defesa. Além da Rússia, houve celebrações em outras ex-nações soviéticas também. Armênia, Belarus, Cazaquistão são algumas delas.
“Nosso povo lutou até a morte. Nenhum país sofreu uma invasão assim. Nosso dever é preservar a memória da coragem dos soldados que lutaram contra o nazismo”, disse Putin antes de abrir o desfile. “Estão tentando apagar o feito do povo soviético, que salvou o mundo da escravidão e extermínio, e distorcer a história. Nós não permitiremos”, acrescentou.
O chefe de Estado russo estava acompanhado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Sérvia, Aleksander Vucic. A data festiva é comemorada por russos em todo o mundo. Na base militar de Hmeimim, na Síria, também ocorreram celebrações entre os soldados russos. De acordo com o Ministério do Trabalho, cerca de 1,6 milhões de veteranos da Segunda Guerra Mundial ainda vivem no país. (ANSA)
Armamento – O país governado por Vladimir Putin aproveitou o desfile deste ano para fazer uma exibição de novas armas. Mais de 13 mil soldados marcharam na Praça Vermelha, em Moscou, com tanques, drones e caças. Os russos apresentaram seu novo armamento; o míssil de alta precisão Kinzhal (adaga, em russo), que foi testado em março. O Kinzhal tem um alcance de mais de 2 mil quilômetros e é capaz de voar a uma velocidade 10 vezes superior à do som – ou seja, a 3.400 m/s.
Caças de quinta geração Su-57 sobrevoaram a parada militar que contou ainda com um veículo blindado “Terminator”. A festa de forte conteúdo patriótico lembra os 26 milhões de mortos soviéticos na guerra. Diante dos veteranos da Segunda Guerra Mundial, Putin disse que o 9 de maio continuará sendo uma data festiva e “um dia sagrado para cada família”. Depois do discurso, Putin se inclinou para o túmulo do soldado desconhecido.
Putin assistiu ao desfile acompanhado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, com quem se reunirá na tarde desta quarta. O presidente sérvio, Aleksander Vucic, também estava presente. Putin e Netanyahu falaram, entre outros temas, sobre a decisão dos Estados Unidos de se retirarem do acordo com o Irã. Na véspera, Israel manifestou seu “apoio total” à decisão do presidente americano, Donald Trump. Já a Rússia disse estar “profundamente decepcionada”.
Na Rússia, ainda vive 1,6 milhão de veteranos da Segunda Guerra Mundial, segundo o Ministério russo do Trabalho. Em todas as cidades houve desfiles ou cerimônias comemorativas da vitória, assim como na base militar russa de Hmeimim, na Síria, onde o Exército russo apoia o presidente Bashar al-Assad.
História – O Instrumento da Rendição Alemã foi assinado, de fato, na noite de 8 de maio em Berlim. Porém, em Moscou já era madrugada do dia 9 e apenas ao amanhecer o governo soviético anunciou o triunfo dos aliados. Celebrado desde 1945, o Dia da Vitória só foi oficializado como feriado a partir de 1965. Hoje, é um dos mais aguardados do país e a principal parada sempre ocorre na Praça Vermelha, em Moscou, com a presença do presidente, do ministro da Defesa e outras autoridades.
O desfile conta com homens do Exército, Marinha e Aeronáutica e é também uma demonstração da força militar da nação, com tanques de guerras, mísseis balísticos, e aviões.O evento é tão grandioso que durante um mês há ensaios, e em diversos momentos a Praça Vermelha é fechada para os treinamentos. A parada é restrita para convidados e jornalistas, mas há transmissão televisiva para todo o país e as pessoas podem se juntar nas ruas e pontes da capital para observar a passagem dos veículos militares.