“Quando a UE começa a ameaçar-nos com novas sanções, começo a pensar que, além de ter a sensação de permissividade e infalibilidade, a União Europeia começa a cair numa outra mania: a da impunidade total”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, durante uma visita à capital da Arménia, Erevan.
Lavrov, citado pela agência Armenpress, garantiu que a Rússia não deixará sem resposta os ataques lançados por membros da UE e de outros países ocidentais, como os Estados Unidos. Sobre as medidas de resposta que Moscou tem adotado contra funcionários europeus, o chefe da diplomacia russa assegurou que foram aplicadas apenas às pessoas que “tiveram um papel decisivo” na nova vaga de sanções contra representantes oficiais da Rússia, incluindo deputados.
Na segunda-feira, a União Europeia convocou o embaixador russo junto das instituições comunitárias para protestar contra a decisão de Moscou de sancionar o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, a comissária europeia para os Valores e Transparência, Vera Jourova, e seis outras autoridades.
Lavrov explicou que a troca de sanções não “leva a nenhum lugar”, acusando a UE de um conflito desnecessário. “Não é a nossa escolha”, disse Lavrov, que convidou a que se faça uma análise das sanções mútuas desde março de 2014, data do início da última grande crise nas relações diplomáticas entre Bruxelas e Moscou, para que se entenda “quem deu início à vaga de sanções e por que razão a Rússia não pode deixar essas hostilidades sem resposta”.