Alexey Grichaev, adjunto do adido militar da embaixada da Rússia na Roménia foi declarado “persona non grata” tendo em conta atividades que “são contrárias” à Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, indica um comunicado oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno. O embaixador russo, Valeri Kouzmine, foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Bucareste para ser informado, indica o mesmo documento.
O Governo checo acusou na semana passada os serviços de informações russos de envolvimento na explosão de um depósito de munições, em 2014, que provocou dois mortos, tendo expulsado 18 diplomatas da Rússia que classificou de “espiões”. A Rússia respondeu expulsando 20 diplomatas checos do país e depois de Praga ter anunciado que também ia limitar o número de diplomatas da Rússia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, refutou hoje as alegações da diplomacia checa. “São acusações muito graves que fizeram contra a Rússia”, disse Peskov na conferência de imprensa diária em Moscou. O porta-voz acrescentou que são acusações “sem fundamento e hostis” e que prejudicam as relações bilaterais.
O ministro checo do Interior, Jan Hamacek, pediu na semana passada aos parceiros da União Europeia e da NATO para expulsarem diplomatas russos como demonstração de apoio a Praga no confronto com a Rússia. A Eslováquia e os Países Bálticos anunciaram a expulsão de sete diplomatas russos, no total.
Entretanto, a Polónia convocou de emergência os chefes de Governo dos países do Grupo de Visegrado (V4) para analisarem os “atos de sabotagem russos” na República Checa, a escalada militar da Rússia na Ucrânia e a situação na Bielorrússia.
Na reunião, que decorre hoje de forma virtual, o grupo constituído pela Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria abordam também questões sobre o “fortalecimento da segurança na região”, anunciou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Szymon Szynkowski vel Sek, através das redes sociais.
O vice-ministro acrescentou que a reunião de urgência foi convocada pela Polónia, por ser o país que atualmente preside ao V4, com o objetivo de conseguir “uma resposta adequada” às recentes expulsões de diplomatas polacos na Rússia.
No encontro vai ser discutida “a situação criada pela escalada militar da Federação Russa nas últimas semanas, os recentes acontecimentos que marcam as relações entre a República Checa e a Rússia” assim como vai ser demonstrada “solidariedade e apoio às ações tomadas pelos checos”, disse o porta-voz do Governo polaco, Piotr Muller.