O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou nesta segunda-feira (5) que Moscou começará a desenvolver mísseis nucleares terrestres de alcance curto e intermediário se os Estados Unidos começarem a fazer o mesmo após o fim de um tratado histórico de controle de armas.
Os EUA se desligaram formalmente do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) com a Rússia na sexta-feira, depois de afirmarem que Moscou está violando o pacto e já instalou um tipo de míssil proibido – acusação que o Kremlin nega.
O tratado proibia mísseis terrestres com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros, reduzindo a capacidade dos dois países de lançar um ataque nuclear com pouco aviso prévio.
Putin ordenou nesta segunda-feira que os ministros da Defesa e das Relações Exteriores e o serviço de inteligência estrangeira russo, SVR, monitorem atentamente qualquer medida dos EUA para desenvolver, produzir ou instalar mísseis proibidos pelo tratado abandonado.
“Se a Rússia obtiver informações confiáveis de que os Estados Unidos terminaram de desenvolver estes sistemas e começaram a produzi-los, a Rússia não terá outra opção além de se engajar em um esforço de larga escala para desenvolver mísseis semelhantes”, disse Putin em um comunicado.
Autoridades dos EUA disseram que seu país ainda demorará meses para realizar os primeiros testes de voo de um míssil de alcance intermediário norte-americano, que serviria como contraposição aos russos, e que qualquer mobilização ainda levará anos.