Iniciativa prevê fortalecimento de políticas públicas voltadas para o fortalecimento de políticas públicas
Parceria firmada entre Brasil e Paraguai, nesta segunda-feira (09), na sede do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), cria e fortalece políticas públicas voltadas para a proteção da primeira infância. Este é um exemplo do que deve estar presente na cesta de experiências exitosas para implementação de políticas públicas da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no âmbito do G20. O Brasil, atualmente à frente do fórum das maiores economias do mundo, tem liderado a discussão de temas de relevância social, econômica e política a nível global.
Para a diretora-geral do Instituto Interamericano do Menino, da Menina e do Adolescente da Organização dos Estados Americanos (OEA), Maria Júlia Garcete, os países da América Latina podem ser um reservatório de bons exemplos no que diz respeito à proteção de crianças e adolescentes.
“A proteção pode ser reforçada com esse intercâmbio e troca que tem acontecido entre os países a serviço da vida e do desenvolvimento de direitos”, disse. “Nessa instância de trocas de novas perspectivas é que conseguimos completar a proteção genuína, essa rede com a participação de organizações internacionais, da sociedade civil e no âmbito dos governos”, completou.
Durante o Seminário Internacional e VIII edição do Encontro de Desenvolvimento Saudável em Entornos Livres de Violência, que aconteceu em Coronel Oviedo, no Paraguai, Maria Júlia Garcete destacou a importância do desenvolvimento e troca de experiências em relação ao direito de uma infância segura dentro da família e com nutrição adequada. Ela acrescentou que a OEA estuda compor a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
“Estamos interessados em fazer parte da Aliança, temos um convênio firmado com a ONU para o combate à fome e à pobreza. Acreditamos nos processos comunitários de segurança alimentar, de assegurar a instância materna. É necessário fazer parte desses processos mais globais para colocar a proteção das crianças”, avaliou. “O problema da fome e da pobreza é multidimensional, mas precisamos colocar uma lupa para a situação das crianças, pois é na primeira infância que se assegura a base para o desenvolvimento humano. Vamos cuidar da nossa semente. Brasil, Paraguai e OEA temos um compromisso de apoiar esses processos”, destacou.
Bons frutos
A diretora de Primeira Infância do Ministério da Infância do Paraguai, Bernarda Casco, elogiou o projeto de cooperação entre o MDS e o Paraguai destacando ter sido “muito frutífera” a parceria que possibilitou compartilhar e aprender com as experiências na prática. “Essa cooperação nos ajudou a melhorar nossas visitas domiciliares às famílias e, sobretudo, a formar e capacitar os visitadores e os coordenadores, melhorando a qualidade do trabalho, nos irmanando em um projeto que é de toda a América”, defendeu.
O Seminário Internacional marcou o encerramento da primeira etapa do Projeto de Cooperação denominado “Intercâmbio de Experiências para o Fortalecimento do Trabalho com Cuidadores para o Desenvolvimento de Crianças de 0 a 3 anos”, uma iniciativa que envolveu Brasil, Paraguai e Alemanha. Segundo Bernarda Casco, nessa primeira etapa do projeto, foi possível desenvolver ferramentas, como manuais e capacitações. “Como país, estamos próximos a lançar nosso programa de primeira infância, e os aportes desse intercâmbio, foram muitos valiosos”, acrescentou.
A próxima fase do projeto vai tratar da implementação de um sistema de registro, uma espécie de Cadastro Único paraguaio. Para isso, o Brasil disponibilizará o conhecimento técnico de quem administra um Cadastro com cerca de 95 milhões de pessoas que permite o acesso a mais de 35 programas sociais.“Em uma segunda etapa queremos melhorar e criar um sistema único de registro para poder saber em que criança chegamos e como chegamos. Essa será uma experiência muito importante que queremos compartilhar com o Ministério do Desenvolvimento Social do Brasil que tem uma experiência muito rica com o Cadastro Único”, afirmou Bernarda.
Fonte: MDS