O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, anunciou neste sábado (8/7) que irá propor eleições parlamentares no país abalado pelas explosões mortais no porto de Beirute, pelas quais a população culpa a classe política. Em discurso televisionado, o governante avaliou que apenas “eleições antecipadas podem permitir a saída da crise estrutural”, acrescentando que está disposto a permanecer no poder “por dois meses”, enquanto as forças políticas trabalham nesse sentido.
“Peço a todos os partidos políticos que cheguem a um acordo sobre a próxima etapa”, completou Diab. As autoridades “não têm muito tempo, estou disposto a seguir assumindo minhas responsabilidades durante dois meses, até que entrem em acordo”.
O chefe do governo, que formou seu gabinete em janeiro após a demissão de Saad Hariri em outubro do ano passado pela pressão de um movimento de protestos populares, adiantou que irá apresentar uma proposta na segunda-feira ao Conselho de Ministros.
Seu discurso acontece em um momento em que milhares de libaneses vão às ruas do centro de Beirute para pedir que as autoridades prestem contas pela explosão no porto da capital, que devastou bairros inteiros e deixou mais de 150 mortes e 6.000 feridos, na terça-feira.