“Isso é impossível, porque isso levaria a um vácuo de poder. O governo renunciou. Vamos imaginar que eu renunciasse. Quem garantiria a continuidade de poder?”, disse Aoun em entrevista ao canal de televisão francês BFM.
“Se eu renunciasse, seria necessário organizar eleições imediatamente. Mas a situação atual do país não permite a organização dessas eleições”, acrescentou. A explosão que atingiu a capital do Líbano do dia 4 de agosto danificou grande parte da cidade, matou mais de 170 pessoas e deixou mais de 6.000 feridos. O acontecimento gerou uma onda de protestos contra as autoridades do país.
Menos de uma semana após a explosão, o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, renunciou e anunciou a dissolução de seu gabinete. Em pronunciamento à televisão, Diab afirmou que as explosões no porto de Beirute foram o resultado de uma “corrupção endêmica” e disse que tomou a decisão de renunciar para “caminhar com o povo”.