De acordo com o embaixador da Líbia em Brasília, Osama Ibrahim Ayad Sawan, a cooperação, a força da balança comercial e a segurança alimentar foram motivos para que seu país isentasse Brasil de novo imposto sobre importações anunciado.
A isenção dos produtos brasileiros de aplicação de tarifas alfandegárias pela Líbia tem como uma das bases a cooperação entre os dois países. O Governo de Unidade Nacional da Líbia informou a implementação de um imposto sobre o consumo, que incidirá sobre bens importados que tenham produção local ou cuja importação exceda a demanda interna, mas as exportações do Brasil estarão livres das taxas.
“O Brasil foi isento devido à importância da cooperação, a força da balança comercial e a segurança alimentar”, informou para a ANBA o embaixador da Líbia em Brasília, Osama Ibrahim Ayad Sawan, sobre o relacionamento entre os dois países. O Brasil exportou no ano passado US$ 655 milhões em produtos para a Líbia. O principal produto enviado foi o minério de ferro, mas logo em seguida vieram alimentos como carne de frango, carne bovina, açúcar, café e óleos vegetais. No geral, houve aumento de 45% nas vendas.
A determinação de aplicação dos impostos foi divulgada pela Embaixada da Líbia no Brasil no final de abril, assim como a isenção dada ao Brasil. Ainda estão sob desenvolvimento e definição detalhes sobre os impostos e produtos incluídos na medida. De acordo com o embaixador, há um grande número de países que serão abrangidos, mas a isenção não abrange muitos. Sawan acredita que a decisão valerá por período indeterminado e afirma que ela deve entrar em vigor em breve.
Saiba mais detalhes sobre a medida:
Líbia isenta produtos do Brasil de novo imposto
https://anba.com.br/libia-isenta-produtos-do-brasil-de-novo-imposto/
A medida foi tomada pelo governo por meio do Ministério da Economia e Comércio, que informou em documento as justificativas da decisão, entre elas a redução da demanda por moeda estrangeira, o desenvolvimento das indústrias locais líbias e o aumento das receitas alfandegárias para financiar o orçamento do estado. O texto também menciona o cenário internacional atual, de adoção de políticas protecionistas por grandes economias globais, e cita o princípio da reciprocidade comercial.
Fonte: ANBA