Após seis meses de presidência do Mercosul, o presidente Jair Bolsonaro transferiu, nesta sexta-feira (17), o comando temporário do bloco econômicopara o Paraguai. A reunião de número 59 da Cúpula dos chefes de Estado, dos países membros do Mercosul, Mercado Comum do Sul, ocorreu de forma virtual, por videoconferência.
Ao lado do ministro das Relações Exteriores, Carlos França, o presidente Jair Bolsonaro fez um rápido levantamento do semestre em que o Brasil presidiu o bloco. Segundo ele, os temas saúde e recuperação econômica pós-pandemia foram os pontos em que o governo brasileiro mais focou, durante a gestão do Mercosul. O combate à inflação foi citado como meta emergencial, pelo presidente, sobretudo devido à pandemia.
Por outro lado, o presidente Bolsonaro lamentou não ter avançado na redução permanente da chamada Tarifa Externa Comum, ponto defendido por ele, como forma de modernizar o Mercosul.
Bolsonaro ainda mencionou a agenda de relacionamento externo como outra prioridade durante o semestre que se encerrou. Ele citou a União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio com quem busca assinar acordos, assim como com o Canadá, Coreia do Sul, Singapura e Líbano. Também mencionou acordos formados e outros ainda em andamento com países da América Latina.
Ao receber a presidência do Mercosul, pelo próximo semestre, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, encerrou a reunião e se comprometeu com assuntos diversos, inclusive o respeito à democracia e aos direitos humanos. O Mercosul foi criado há 30 anos e é presidido, temporariamente, a cada seis meses pelo presidente de cada um dos países integrantes do bloco: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.