Com uma população de 216 milhões de pessoas, o Paquistão ultrapassou o Brasil e conquistou a posição de quinto país mais populoso do mundo.
Segundo a Projeção de População Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente o Brasil tem 211 milhões de pessoas. A perspectiva é de que em um ano o país ganhe “apenas” um milhão de pessoas, enquanto o Paquistão deve chegar a 220 milhões de habitantes, consolidando-se no top 5 do ranking.
Nas primeiras posições estão China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. Juntas, as cinco nações somam metade de toda a população global, de 7,7 bilhões de pessoas. Ainda de acordo com o relatório, mais 2 bilhões de indivíduos devem nascer nos próximos vinte anos, apesar da tendência à redução populacional em diversas regiões.
Mudança no topo
Além da queda do Brasil, outras mudanças devem acontecer na parte de cima do ranking populacional. De acordo com as estimativas da ONU, por volta de 2027 a Índia deve superar a China no primeiro lugar, graças às medidas de controle de natalidade de Pequim.
Os países da África Subsaariana também aumentarão suas taxas de natalidade nos próximos anos e a população na região, uma das mais pobres do mundo, deve dobrar até 2050.
Já no Brasil, a população passará a encolher a partir de 2049, quando atingirá o ápice de 229.196.000 brasileiros. A redução se dará de maneira gradual ao longo da segunda metade do século e, em 2100, o Brasil deve ter 180,6 milhões de habitantes — voltando ao patamar do início dos anos 2000.
O país era o quinto mais populoso do mundo desde o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Em oitenta anos, deve despencar para a 12ª posição, sendo ultrapassado por Nigéria, Etiópia, República Democrática do Congo, Tanzânia, Egito e Angola.
Hoje, a taxa de natalidade brasileira é de 1,73 nascimentos por mulher, valor mais aproximado ao de países desenvolvidos, como o Japão, com média de 1,3 filhos.
A taxa paquistanesa, por exemplo, é de 3,48 nascimentos, e a da Índia, apesar da megapopulação, continua em 2,33 filhos por mulher.
Envelhecimento
Os dados do relatório da ONU ainda mostram a tendência ao envelhecimento da população mundial. Em 2050, 29,4% da população deve ter 60 anos ou mais e, até o final do século, os idosos já podem ser 40% do total.
No Brasil, a discrepância entre natalidade e longevidade está acima da média global, principalmente entre as faixas etárias mais velhas, das pessoas com 80 anos ou mais. Elas representavam 0,3% da população brasileira em 1950, agora já são 2% e, até 2050, devem chegar a 6,7% do total.
Em escala mundial, 0,6% da população era octagenária em 1950. Atualmente é 1,9% e, em trinta anos, deve ser 4,4%.