Governo paquistanês considerou uma “violação flagrante” de sua soberania
Por Asif Shahzad e Saleem Ahmed/ Reuters
O Paquistão retirou seu embaixador do Irã nesta quarta-feira(17), depois que o Irã entrou em seu espaço aéreo em uma “violação flagrante” de sua soberania, disse uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores paquistanês, e o incidente alimentou as tensões entre os dois vizinhos muçulmanos.
O Paquistão disse na terça-feira que a violação do espaço aéreo, que, segundo a mídia estatal iraniana, ocorreu quando os mísseis iranianos alvejaram duas bases do grupo militante Jaish al Adl, resultou na morte de duas crianças.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Amir-Abdollahian, disse que o país atingiu os militantes com ataques de “mísseis e drones”, afirmando que nenhum cidadão paquistanês foi atingido. O Paquistão não confirmou a natureza da violação ou o local dos ataques.
Apenas “terroristas” foram atingidos, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã em Davos, na Suíça, onde participava do Fórum Econômico Mundial, alegando que os alvos eram ligados a Israel.
Autoridades provinciais do Paquistão disseram que duas crianças foram mortas e várias outras ficaram feridas por ataques de mísseis perto da fronteira com o Irã.
O episódio foi uma violação não provocada e flagrante da soberania do Paquistão além de ser “inaceitável”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, Mumtaz Zahra Baloch, acrescentando que o país se reservou “o direito de responder a esse ato ilegal”.