O Congresso Judaico Mundial saudou, neste domingo (21), a visita feita ontem pelo papa Francisco, em Roma, a uma sobrevivente do Holocausto, destacando sua “integridade moral” e seu “senso de história”. O papa visitou Edith Bruck, uma poetisa de origem húngara naturalizada italiana, em sua casa em Roma, na tarde de sábado. O encontro durou cerca de uma hora.
Segundo o Vaticano, em sua conversa, “ressaltaram o valor da memória e o papel dos mais velhos em cultivá-la e transmiti-la aos mais jovens”. “Enquanto o neonazismo, o antissemitismo e outras formas de racismo voltam a surgir em muitos lugares do mundo, a integridade moral e o senso da História do papa Francisco são um exemplo a ser seguido pelos outros líderes políticos e religiosos”, estimou o presidente do CJM, Ronald Lauder, em um comunicado.
Edith Bruck, de 88 anos, dedicou sua vida a dar seu testemunho sobre os horrores do Holocausto. E decidiu fazer isso a pedido de dois estranhos no campo de concentração de Bergen-Belsen, cujas últimas palavras foram: “Conte, não vão acreditar em você, mas se você sobreviver, conte, conte por nós!”. Durante o encontro, o papa e Edith também se referiram aos “momentos de luz que iluminaram a experiência infernal dos campos e os temores e esperanças que marcam nossa época”, segundo a nota do Vaticano.