Washington, Estados Unidos – Os Estados Unidos celebraram um feriado nacional de alto risco em meio à pandemia de covid-19, que avança rapidamente pelo país, assim como em seu vizinho México e no restante da América Latina. No continente latino-americano, que tornou-se o epicentro da pandemia com mais de 2,8 milhões de casos e 126.000 mortos, o México é o segundo país com mais mortes, atrás apenas do Brasil.
As comemorações do 4 de Julho, dia da independência dos EUA, foram limitadas no país, que registrou 43.742 novos casos e 252 mortes nas últimas 24 horas, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. Os três dias anteriores foram marcados por recordes de novos casos, chegando a mais de 57.000 na sexta-feira.
O coronavírus infectou mais de 2,85 milhões de pessoas e matou 129.718 nos Estados Unidos, de longe o país com mais mortes pela pandemia à frente do Brasil (64.265), Reino Unido (44.220) e Itália (34.861). As autoridades de saúde dos EUA reconheceram no final de junho que haviam perdido o controle da epidemia. Mas isso não impediu que o presidente Donald Trump voltasse a banalizar o perigo neste sábado, em seu discurso nos jardins da Casa Branca.
“Temos feito muitos progressos. Nossa estratégia funciona”, disse, reiterando sua crença de que um tratamento ou uma vacina contra a covid-19 estarão disponíveis provavelmente “muito antes do final do ano”. O presidente voltou a criticar a China, onde surgiu o coronavírus, apontando-a como culpada pela pandemia e insistiu que deverá “ser responsabilizada”.
Horas antes, na Flórida, onde o número diário de casos também está batendo recordes, o prefeito do condado de Miami-Wade, o mais populoso do país, decretou toque de recolher a partir das 22h00 locais. Em Atlanta e Nashville, shows e fogos de artifício foram cancelados. Em outros lugares, foram adaptados para o formato virtual.