Em Brasília, diplomatas manifestam apoio ao fim do conflito com Israel.
Os palestinos relembraram, nesta segunda-feira (15), a “Nakba”, que completa 75 anos. A nome conhecido como a “Catástrofe” que representou para eles a criação do Estado de Israel, provocando o êxodo de cerca de 760.000 palestinos durante a primeira guerra árabe-israelense. Em Gaza, dezenas de palestinos foram às ruas, marchando pelas principais vias, hasteando bandeiras palestinas e exibindo faixas enfatizando o direito de retorno depois de serem forçados a deixar suas casas e viver em êxodo após uma operação planejada para limpar etnicamente a Palestina.
A fim de respeitar e reconhecer o sofrimento contínuo desse povo, a Organização das Nações Unidas, em Nova York, foram feitos discursos sobre o aniversário desta tragédia pela primeira vez, e um ato solene também foi organizado na Embaixada do Estado da Palestina no Brasil. ““Pedimos aos parlamentos e organizações internacionais que tomem todas as medidas políticas, econômicas e diplomáticas necessárias contra Israel, a fim de forçá-lo a parar e remover todas as atividades de assentamento nos territórios palestinos ocupados, de acordo com a Resolução Internacional 2334, que afirma a ilegalidade do assentamento nas terras do Estado ocupado da Palestina”, afirmou Ahmed Alasaad, Ministro Conselheiro e Vice-chefe de missão da Palestina.
Enfim, o diplomata pediu que reconheçam e exijam o fim de todas as formas de injustiça contra o povo palestino enfatizando seus direitos inalienáveis, “sendo o principal deles o direito à autodeterminação, liberdade e retorno”.
Alasssad agradeceu o apoio das políticas brasileiras, a todo corpo diplomático e representantes da sociedade civil presentes pelo apoio em nosso esforço incansável na busca de justiça e paz para a Palestina. Estavam presentes membros do corpo diplomático dos países árabes, asiáticos, africanos, da América Latina e do Caribe, assim como de parlamentares, representantes do Ministério das Relações Exteriores e da sociedade civil. Atualmente, a ONU estima em 5,9 milhões o número de refugiados palestinos, distribuídos entre Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, Faixa de Gaza, Jordânia, Líbano e Síria.
Congresso – Uma sessão especial para comemorar os 75 anos da catástrofe palestina também foi organizada Senado Federal brasileiro. Mais uma vez, o nascimento de Israel e da “Nakba” palestina estiveram marcadas este ano por uma escalada de violência. Segundo autoridades daquele território, desde janeiro, já são mais de 170 mortos, 35 deles nos cinco dias de confronto entre o exército israelense e os grupos armados palestinos da Faixa de Gaza, entre 9 e 13 de maio.
“A Nakba é uma data em que a gente reflete os horrores aos quais foi submetido o povo palestino. É um método que está em pleno curso e que tem sido exportado para o mundo e isso só terá fim com o estado da Palestina se tornando realidade com Jerusalém sua capital, com o retorno de todos os refugiados às terras de onde foram expulsos”, Fátima Ali, vice-presidente da Federação Palestina no Brasil