A representante Interina de ONU Mulheres, Ana Carolina Querino, assinou nesta terça-feira (27) um novo projeto de cooperação com a Embaixada da Áustria para a promoção dos direitos de mulheres indígenas.
A parceria com o governo austríaco existe desde 2020 e tem o objetivo de fortalecer a articulação das mulheres indígenas, para que elas possam incidir diretamente em defesa de seus direitos.
O embaixador da Áustria no Brasil, Stefan Scholz, relembrou alguns resultados importantes da articulação. “As organizações da sociedade civil de mulheres indígenas demonstraram sua capacidade de advogar com eficácia em fóruns internacionais quando enviaram contribuições ao Comitê para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher para a recomendação sobre os direitos das mulheres e meninas indígenas e participaram das reuniões preparatórias para a COP26”.
Segundo o embaixador, a Áustria fornecerá R$ 620.000(Seiscentos e vinte mil reais) à ONU Mulheres este ano. “O objetivo é mudar a sub-representação de mulheres e meninas na promoção da justiça climática em todos os níveis e em todos os setores, desde a comunidade até o planejamento federal, no setor público e no financiamento climático”, discursou Scholz.
A representante de ONU Mulheres destacou a longevidade e impacto político da parceria: “Esse apoio que a embaixada da Áustria vem concedendo às mulheres ao longo dos anos tem sido fundamental para sustentar um processo de construção e fortalecimento de um movimento pulsante e que já existe há algum tempo, mas que vem se organizando e aprimorando a sua pauta de advocacy”.
A cerimônia de assinatura do acordo aconteceu na Embaixada da Áustria em Brasília, com a participação de representantes do Ministério dos Povos Indígenas, do Ministério das Mulheres e do Ministério das Relações Exteriores.
Nas etapas anteriores, a parceria colaborou com a criação da ANMIGA, a Articulação Nacional das Mulheres Guerreiras da Ancestralidade, principal força política de mulheres indígenas no Brasil, além do incentivo à participação das mulheres em níveis federal, estadual e municipal. A articulação internacional também foi foco deste apoio, com a participação e colaboração de mulheres indígenas em fóruns globais como a Conferência para o Status da Mulher (CSW) e a Conferência Para a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW).
Fonte: ONU Mulheres