Planetários e museus de astronomia de vários países oferecem estrutura fantástica para ver nosso sistema solar e merecem ser visitados
Rafaella Panceri- Correio Braziliense
Que tal fazer uma viagem interplanetária sem levantar da cadeira? Nesses locais, as cúpulas que recebem projeção dos astros chegam a ter 35 metros de diâmetro. Cidades do mundo inteiro têm planetários e museus de astronomia e ciência com exibições impressionantes no interior. Esse estilo de passeio está longe de figurar nos roteiros turísticos mais convencionais. Por isso, use o interesse pela astronomia a seu favor e faça o que a maioria não faz.
Os planetários são projetores de imagens de estrelas que simulam o céu e a aparência real dos corpos celestes em um teto arredondado. O primeiro do mundo foi inaugurado na Alemanha, na década de 1990. A imagem vista tinha 16 metros de diâmetro — era bem menor do que os atuais.
Imagine viajar pelo espaço sentado em uma cadeira, sem precisar de óculos de realidade virtual ou de um foguete. O objetivo dos planetários é esse: simular o céu em todas as suas dimensões, de maneira mais fiel, e oferecer a experiência mais real possível. No caso dos museus, a imersão é científica — quem visita pode ver instrumentos de medição de tempo, espaço e até marés, além de lunetas antigas. Conheça planetários e museus selecionados pelo Turismo.
Planetário de Nagoya (Japão)
Construído em um jardim suspenso, esse é considerado o maior planetário do mundo. O espaço está dentro do Museu de Ciências da Cidade de Nagoya. Além das projeções, que acontecem em um espaço com capacidade para 350 pessoas e tem uma cúpula de 35 metros de diâmetro, o espaço conta com exposições de ciência que valem a ida: um laboratório com temperatura de -30ºC, para simular o Ártico, e um simulador de tornado com nove metros de altura.
Museu de Astronomia e Ciências Afins (RJ)
Museu nem sempre é sinônimo monotonia. Quem visita o museu carioca, antigo Observatório Nacional, pode usar telescópios, explorar o acervo da biblioteca, participar de debates, palestras, oficinas e cursos. Entre as relíquias do acervo, há uma coleção de instrumentos científicos de observação do céu, da Terra, do tempo e das marés. Um pavilhão é exclusivo para lunetas. Junto com telescópios modernos, elas são usadas em observações às quartas-feiras e sábados.
Planetário de Hamburgo (Alemanha)
Caso esteja no país, não perca a chance de visitar o planetário considerado o mais moderno do país. A cúpula, com 20 metros de diâmetro, custou 2,5 milhões de euros. Ela serve de tela para o que há de mais novo em imagens da Nasa. Os vídeos, projetados com tecnologia laser, apresentam detalhes astronômicos da Terra e do Sistema Solar. Os visitantes embarcam em cósmicas simuladas — mais complexas que as simples projeções, comuns em planetários menores.
Planetário do Ibirapuera (SP)
O Parque do Ibirapuera é um espaço eclético — prova disso são os museus (e o planetário mais antigo do Brasil, inaugurado em 1957) coexistindo com pistas de corrida e área verde. A estrutura compreende uma cúpula de 18 metros de diâmetro, com direito a um projetor que exibe o céu de qualquer lugar conhecido do universo. O visitante pode, por exemplo, apreciar as estrelas como se estivesse em Saturno e, além disso, ter acesso a imagens do telescópio Hubble e de satélites da Nasa.