Obra custará R$3,5 bi e fica pronta somente em 2030
Com uma área de 22 mil m2 e capacidade para receber 450 funcionários, a nova embaixada americana começa a ter uma forma. Trata-se de uma das maiores obras realizadas em Brasília no momento, tendo um custo final de US$623 milhões (R$3,5bi) e só estará pronta em 2030. Os americanos foram os primeiros a estabelecerem uma sede diplomática, após a inauguração da nova capital federal. Segundo Luke Otega, porta-voz da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, o novo edifício é um símbolo dos laços entre os dois países e renova o compromisso da relação bilateral.
“A relação com o Brasil é sólida, mas também está sempre em evolução. O nosso objetivo com essa nova obra da embaixada é ter uma instalação diplomática que corresponda à importância dessa relação. Temos aqui no Brasil, por exemplo, a sexta maior missão diplomática dos EUA no mundo’.
São 230 trabalhadores no canteiro de obras de segunda a sábado entre 6h e 18h para compor a nova estrutura. Os trabalhadores são, em sua maioria, brasileiros, mas há também americanos e turcos que no pico somarão cerca de 400 pessoas em atividade. Em breve, chegará a um pico de 400 pessoas em atividade
Nessa primeira etapa da obra, no processo de fundação do prédio principal, onde a chancelaria será abrigada, serão instaladas vigas a 29 metros de profundidade, com expectativa de que dentro de oito meses a construção comece a se elevar do chão.
O prédio tem expectativa de ser finalizado até 2028, depois, serão necessários ao menos mais dois anos de trabalhos, quando as atuais instalações serão demolidas e darão lugar a uma nova área de lazer, com piscinas, quadras poliesportivas, e de moradia para as forças de segurança dos fuzileiros navais.
O terreno localiza-se próximo da Esplanada dos Ministérios, em um terreno de 50 mil m2, onde também vai inaugurar uma nova área de atendimento consular, ampliando em 40% a capacidade para fazer frente à alta demanda de vistos dos brasileiros para os EUA.
Ortega lembra que forma emitidos 1,1 milhão de vistos em 2023 e espera quebrar esse recorde em 2024. “Então, já estamos planejando o futuro. A gente vai aumentar a capacidade das janelas consulares de entrevistas com essa nova obra, melhorando as condições para os clientes, com estacionamento e mais facilidade”.
O projeto da nova embaixada procura se aliar à estética de Brasília, utilizando o concreto como material estrutural e de acabamento, mantendo o equilíbrio com as obras do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.
A arquitetura privilegia técnicas e estratégias que possibilitam mais conforto térmico aos ambientes, considerando a alta luminosidade e temperatura de Brasília durante todo o ano. No terreno, será reintroduzida a paisagem nativa, com plantas típicas do serrado, inclusiva com o transplante de 92 árvores, que estavam na embaixada e foram transferidas para o Brazilian Country Club enquanto as obras da nova embaixada estão em andamento.
O jardim do pátio passará por uma restauração para preservar o conceito paisagístico desenhando por Roberto Burle Marx na década de 1960, com paredes de cobogó (blocos vazados), espelhos d’água e plantas tropicais que compõem o design do local ao ar livre. O projeto arquitetônico foi idealizado pelo escritório Studio Gang, de Chicago, em parceria com o escritório brasileiro Atria. A responsável pela obra é a empresa de engenharia americana Cadell Construction.