Mostra divulga parceria Brasil-Marrrocos
O Senado abriu nesta quinta-feira (13), no Salão Negro, a exposição Brasil – Marrocos: uma amizade mais que centenária. A mostra reúne o que há de comum na história entre os dois países e aborda aspectos como as relações diplomáticas no século 19, a migração dos judeus marroquinos para o Brasil e a criação artística como vetor das relações binacionais. Organizada pela Embaixada do Marrocos, a exposição ficará aberta à visitação até 23 de junho.
Após visita oficial ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Marrocos, Nasser Bourita, participou da solenidade de abertura. Na ocasião, o chanceler marroquino falou sobre a satisfação de participar do evento e ressaltou que os países possuem uma história que representa uma herança cultural valiosa.
— Estou encantado por fazer parte dessa história comum ao efetuar minha primeira visita nesse magnífico país [Brasil]. A história desse prédio emblemático [Congresso Nacional], obra prima do famoso arquiteto Oscar Niemeyer, deu mais valor ainda a essa iniciativa — afirmou o ministro.
O senador Carlos Viana (PSD-MG), 2º vice-presidente do grupo parlamentar Brasil-Marrocos, ressaltou que as histórias culturais dos dois países não são recentes, mas vêm desde a ocupação da Península Ibérica, onde “boa parte dos árabes que estavam ali presentes eram oriundos do Marrocos”.
— O Marrocos é um país que visitei e aprendi a admirar desde o primeiro dia. A própria palavra Viana, que minha família carrega há tanto tempo, significa uma pequena faca alongada usada para cortar vianda [carne] e isso ficou em nossa história — destacou.
Representando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), membro titular da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e do grupo parlamentar Brasil-Marrocos, destacou a importância de compartilhar com o público a enriquecedora histórica.
— Uma bela ilustração dessa cordialidade histórica se encontra na comunidade marroquina que chegou ao Brasil no século 19, tendo o ciclo da Borracha [1850-1910], esses marroquinos criaram importantes comunidades judaicas no Pará, no Amapá e em Amazonas — comentou o parlamentar.