De acordo com a agência de notícias oficial “CNA”, Lee morreu por falência múltipla de órgãos às 19h (horário local; 8h em Brasília). O ex-mandatário estava internado desde fevereiro no Hospital Geral de Veteranos em Taupei devido a uma pneumonia. O político governou Taiwan durante 12 anos, após chegar ao poder em 1988, como sucessor de Chiang Ching-kuo, do qual era vice-presidente.
Como líder do agora opositor Partido Nacionalista (Kuomintang, KMT), Lee deu continuidade ao processo de democratização da ilha, considerada por Pequim uma província rebelde, e se tornou em 1996 o primeiro presidente taiuanês eleito em sufrágio universal e direto. Cinco anos depois, foi expulso do partido após a derrota nas eleições de 2000 e lançou outro grupo, a União pela Solidariedade de Taiwan, aliado do hoje governante Partido Democrático Progressista. Lee impulsionou um processo de “taiwanização” da ilha e propôs que China e Taiwan sigam caminhos separados.
Nos últimos anos, o ex-presidente foi processado por corrupção por supostamente utilizar recursos públicos para reforçar as relações diplomáticas com a África do Sul, mas acabou sendo absolvido.