Comex do Brasil
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, participou da China International Import Expo, feira promovida pelo governo chinês em Xangai que conta com mais de três mil expositores de mais de 130 países.
Na manhã de domingo, o ministro esteve no seminário promovido pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) para os empresários brasileiros que iriam participar da Feira Internacional de Importação de Xangai. Na segunda-feira (5), ao lado dos ministros as Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e do presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe, ele participou da cerimônia de abertura do Pavilhão Brasileiro na primeira edição do evento.
A feira tem o objetivo de promover as vendas de produtos estrangeiros para a China, que se posiciona como o segundo maior mercado consumidor e importador do mundo. O evento acontece até 10 de novembro.
Coordenada pela Apex-Brasil, a delegação brasileira conta com a participação de cerca de 90 empresas, principalmente, dos setores de alimentos e agrícola, equipamentos médicos e de saúde, comércio de serviços (software, engenharia e serviços esportivos) e de bens de consumo (moda e vestuário).
A China é o principal parceiro comercial do Brasil e representa mais de 26% das exportações e quase 20% das importações. De janeiro a setembro de 2018, os embarques para a China somaram US$ 47,2 bilhões e as compras US$ 26,7 bilhões com saldo positivo de US$ 20 bilhões para o Brasil.
Tanto as exportações quanto as importações tiveram aumento em 2018 comparado o mesmo período do ano passado. O ministro Marcos Jorge e as demais autoridades presentes destacaram a necessidade de a China, assim como o Brasil, se abrir mais para o mundo e firmar mais negócios com países parceiros. “Tenho certeza que o comércio sino-brasileiro se complementa e que há enormes oportunidades para os produtos brasileiros nesse mercado, que cresce fortemente há anos”, afirmou o ministro.
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, ressaltou que o Brasil, na busca de maior inserção mundial, precisa jogar em todas as posições, lembrando que a China é uma peça essencial nesse tabuleiro que é o comércio internacional.
Já o ministro Blairo Maggi, que comanda a pasta da Agricultura brasileira, destacou que é estratégico para o Brasil ampliar o comércio com a China, gradualmente, nos próximos 50 anos. Ele acredita que há bastante mercado para a proteína animal produzida no Brasil, principalmente, para a carne de porco.
O presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe, ex-embaixador do Brasil na China, lembrou que, apesar das enormes dimensões, a China não é autossuficiente e, por isso, há muitas oportunidades para empresas brasileiras.
O atual embaixador do Brasil na China, Marcos Caramuru de Paiva, ressaltou que a enorme delegação brasileira, presente na China para a realização da Feira de Importação de Xangai, demonstra como o país quer aumentar sua participação no mercado chinês.