Gérard Collomb tinha anunciado em 18 de setembro a sua saída do governo no próximo ano, para se apresentar às eleições municipais em Lyon
Notícias ao Minuto Brasil
O ministro do Interior da França, Gérard Collomb, apresentou, nesta segunda-feira (1º), o pedido de demissão ao presidente do país, Emmanuel Macron, que a recusou, segundo a Presidência, confirmando uma notícia do diário Le Figaro.
“Perante os ataques de que o ministro tem sido alvo desde que confirmou que vai ser candidato à Câmara de Lyon, o presidente da República renovou-lhe a confiança e pediu-lhe para continuar totalmente mobilizado na sua missão para a segurança dos franceses”, indicou a Presidência à agência France-Press.
Gérard Collomb tinha anunciado em 18 de setembro a sua saída do governo no próximo ano, para se apresentar às eleições municipais em Lyon, no centro-leste do país, em 2020.
Desde então, várias vozes exprimiram-se para reclamar a demissão imediata do ministro. Ainda nesta segunda-feira, o ex-deputado ecologista Daniel Cohn-Bendit, apoiante de Emmanuel Macron, considerou que Collomb “tinha o direito à reforma”.
Em tom de provocação, Cohn-Bendit disse que é melhor que Collomb “saia do ministério, vá cuidar dos netos, vá tratar das flores”, denunciando também a “condescendência” do ministro do Interior perante o presidente da República.
Segundo o Figaro, Gérard Collomb, que tinha criticado a falta de humildade e de capacidade de escuta do governo, entregou a sua demissão ao chefe do executivo nesta segunda, no fim do dia.
O primeiro-ministro, Edouard Philippe, foi informado da situação quando regressava de Madri, informou fonte governamental. O Ministério do Interior não emitiu nenhum comunicado até o momento.
Segundo uma fonte, o cenário de uma saída rápida de Gérard Collomb não foi levado a sério por Emmanuel Macron e Edouard Philippe, menos de um mês depois da demissão de Nicolas Hulot, do Ministério da Ecologia, seguida de uma mini remodelação.