Embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, e o chanceler Mauro Vieira reuniram-se no fim da tarde desta segunda-feira (19/2) na sede do Itamaraty, no Rio de Janeiro.
A conversa durou cerca de uma hora e meia e nela Vieira disse a Zonshine que o governo brasileiro reprovou a forma como o embaixador Frederico Meyer, chefe da representação diplomática brasileira em Tel-Aviv, foi tratado hoje pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, ao ser chamado no Museu do Holocausto.
Vieira pontuou a Zonshine que o embaixador brasileiro não sabia de nada que ocorreria, como a entrevista coletiva, em hebraico, idioma que Meyer não fala, tampouco que Lula seria declarado persona non grata. O gesto não foi adequado, segundo Vieira disse ao embaixador israelense, bem como a forma como o ministro das Relações Exteriores se referiu ao presidente Lula. Vieira pontuou que um chanceler não pode se referir a um presidente da República de outro país naqueles termos.
Zonshine tomou nota de tudo que lhe foi dito e disse que reportaria ao governo israelense o que ouviu.
Esta foi a quarta vez que Zonshine foi chamado pelo Itamaraty desde o início da guerra de Israel contra a Palestina. Nas outras ocasiões, declarações de Zonshine o levaram a ser chamado pelo Ministério das Relações Exteriores.
Fonte: Metrópole