Ana Cristina Dib
O projeto Rota Global, iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), financiada com recursos da Comissão Europeia por meio da AL-Invest, vai se tornar o novo modelo de atendimento do (PNCE), estratégia do governo federal para ampliar o número de exportadoras brasileiras.
A transferência da metodologia foi assinada pelo diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, e pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério de Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Abrão Neto, nesta quarta-feira (15), durante o Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX), no Rio de Janeiro.
“O objetivo da transferência é constribuir para que o governo federal adote um padrão único de atendimento às empresas que buscam a internacionalização, melhorando a governança do comércio exterior. Ao organizamos a estrutura de serviços, fortalecemos os instrumentos disponíveis e somamos esforços na inserção internacional do Brasil”, afirmou Abijaodi. A questão da governança é uma das prioridades apresentadas pela CNI aos candidatos à Presidência da República nestas eleições.
O modelo
A estrutura de atendimento do Rota Global consiste em diagnóstico de maturidade internacional, construção de plano de negócios customizado para as necessidades de cada negócio e coordenação de serviços para preparar a empresa ao longo do processo.
O projeto piloto, iniciado em 2017, recebeu R$ 1,2 milhão em recursos europeus do AL-Invest – instrumento de apoio ao desenvolvimento de pequenas e médias empresas na América Latina – e foi executado no Brasil, na Argentina e na Espanha.
Mais de 560 empresas do setor industrial, agrícola e de serviços se inscreveram no Rota Global para a fase de diagnóstico de maturidade. Em menos de um ano, 406 planos de ação de internacionalização foram entregues e 495 serviços de apoio foram prestados às empresa participantes.
Com o acordo entre CNI e MDIC, o Rota Global será adotado como metodologia de atendimento empresarial nos Comitês Estaduais do Plano Nacional de Cultura Exportadora, facilitando o alinhamento entre as instituições e a coordenação de serviços de apoio à internacionalização oferecidos por diferentes entidades no Brasil.