Redação Reuters
A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu nesta segunda-feira que seu Partido Conservador mostre unidade e vote contra mudanças aos seus planos do Brexit, alertando parlamentares de que as mudanças iriam prejudicar sua negociação com a União Europeia.
Parlamentares irão votar na terça e na quarta-feira desta semana as emendas à legislação sobre a saída da União Europeia para cortar laços com o bloco ao essencialmente copiar e colar as leis do bloco, para que o sistema legal britânico possa funcionar após março.
Destacando o temor de que rebeldes conservadores pró-UE podem votar contra o governo, May falou a parlamentares de seu partido em um encontro de seu Comitê 1922 para tentar reunir as tropas antes de enfrentar o primeiro dia de difíceis votações.
Seu governo é mais vulnerável em relação a uma emenda, introduzida pela câmara alta do Parlamento, para mudar o chamado “voto significativo” sobre qualquer acordo final do Brexit ao dar à câmara baixa maior poder para estabelecer a “direção” do governo se rejeitar o acordo. O debate irá acontecer na terça-feira.
Ela também será testada na quarta-feira por rebeldes dentro de seu próprio partido sobre seu comprometimento em deixar o mercado único e a união aduaneira da UE, o que irá transformar as relações comerciais futuras do Reino Unido por muitos anos à frente.
“Nós devemos pensar sobre a mensagem que o Parlamento irá enviar à União Europeia nesta semana”, disse ao Comitê 1922, de acordo com seu escritório.
“Eu estou tentando negociar o melhor acordo para o Reino Unido. Estou confiante de que posso conseguir um acordo que nos permita fazer nossos próprios acordos comerciais ao mesmo tempo tendo uma fronteira com a UE, que é o mais sem atrito possível. Mas se for permitido que as emendas dos lordes continuem vigorando, esta posição de negociação será
Foi possível ouvir May sendo aplaudida do lado de fora da sala no Parlamento onde parlamentares de ambos lados do debate, incluindo alguns de seus ministros, se juntaram na véspera da votação.
Esta mensagem foi reforçada por seu porta-voz, que descreveu o projeto de lei como uma “parte de legislação vital para garantir que nosso livro de estatuto esteja pronto para o dia do Brexit e para entregar a saída mais suave possível da União Europeia”.