Premiê afirmou que o Brexit, previsto para acontecer em 29 de março, poderia ser atrasado por ‘um período curto e limitado’
Por G1
A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou nesta terça-feira (26) aos deputados que ela deixará para eles a decisão de sair sem acordo da União Europeia ou adiar a data para o afastamento. May afirmou que o Brexit, previsto para acontecer em 29 de março, poderia ser atrasado por “um período curto e limitado”.
A premiê prometeu aos parlamentares que, se eles não aprovarem o acordo revisado do Brexit que ela está elaborando, ela concederá à Câmara dos Comuns o direito de votar sobre se o Reino Unido vai ou não sair sem um acordo.
Se eles rejeitarem a saída sem acordo, o parlamento votará se o Reino Unido deve buscar a extensão para o período de negociação do Artigo 50, que previa o afastamento do bloco a partir de 29 de março.
May afirmou que os parlamentares devem compreender que uma “pequena extensão”, que não deve ir além do final de junho. A iniciativa criaria uma margem de manobra, mas não implicaria na revogação do Artigo 50.
“Uma extensão não pode cancelar a negociação. A única maneira de fazer isso é revogar o Artigo 50, o qual eu não farei, ou concordarei com um acordo”, declarou.
Ela voltou a afirmar que não concorda com a extensão do Artigo 50. “Nosso foco absoluto deveria ser trabalhar para conseguir um acordo e sair em 29 de março.
Na semana passada, o jornal “The Guardian” noticiou que pelo menos 25 membros do governo estão dispostos a rebelar-se contra a chefe do governo e a votar a favor de um adiamento do Brexit a menos que Theresa May descarte um cenário de saída sem acordo.
O governo britânico precisa de uma maioria de votos no parlamento para ratificar um acordo que garanta uma saída ordenada do bloco europeu, mas o texto acordado com Bruxelas foi rejeitado em 15 de janeiro por uma margem de 230 votos, incluindo de 118 deputados do partido Conservador. Desde então, May vem tentando renegociar o acordo com os europeus para torná-lo mais aceitável para os parlamentares britânicos, mas os líderes da UE têm se recusado a ceder.