O Embaixador do Marrocos no Brasil, Nabil Adghoghi, afirmou nesta quarta-feira, 13, em reunião com o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Deputado Pedro Vilela (PSDB-AL), que o seu país deseja elevar a relação com o Brasil para uma Parceria Estratégica. Ele destacou, também, que o Marrocos não quer resumir as relações bilaterais ao comércio, mas ampliá-las para os investimentos e os grandes temas da agenda de segurança internacional.
“O Marrocos quer fortalecer as relações bilaterais tendo como base a segurança alimentar e os investimentos de longo prazo, além de um maior engajamento com o Brasil nas questões relativas ao Atlântico Sul e à Segurança Internacional”, explicou. “Para tanto, contamos com a CREDN, uma vez que as relações bilaterais também se sustentam pela dimensão parlamentar”, assinalou.
Durante a conversa, Pedro Vilela também assegurou o apoio da Comissão para a aprovação do Acordo de Cooperação e Facilitação em Matéria de Investimentos, firmado pelos dois países em junho de 2019. “Vamos trabalhar para que este acordo seja aprovado ainda neste ano. Sabemos da importância estratégica do Marrocos para o Brasil, especialmente neste momento, em relação à exportação de fertilizantes. A presença da marroquina OCP no Porto de Itaqui, no Maranhão, é apenas um exemplo dessa parceria”, afirmou o deputado.
Segurança Internacional
O Embaixador do Marrocos detalhou, ainda, as negociações em curso para a assinatura de um acordo entre as autoridades de inteligência dos dois países, para a troca de informações sobre crimes transnacionais. Na mesma direção, externou o interesse marroquino em aproximar-se da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS), como forma de ampliar e aprofundar o diálogo sobre temas como o terrorismo. Segundo ele, “não é o espaço que define a ameaça, mas a ameaça que define o espaço”.
Em relação ao Sahara, o Embaixador agradeceu o apoio do Brasil que tem apoiado os esforços das Nações Unidas para que se encontre uma solução negociada para o contencioso. “O Marrocos propõe autonomia à região das tribos, mas com a manutenção da integridade territorial do país”, afirmou.
* Assessoria de Imprensa – CREDN