Companhia familiar do país do Norte da África apresenta seus azeites na feira Anuga Select Brazil com o objetivo de concorrer com os principais fornecedores europeus no mercado nacional.
Ao apostar na tradição ancestral de produção e na colheita manual, a fabricante tunisiana de azeites Cure All & More quer conquistar seu espaço no mercado brasileiro do produto. O diretor-geral Yassine Trabelsi e seus dois irmãos, o diretor de Marketing e Vendas, Saif Elislam Trabelsi, e o gerente de Contas, Bilel Trabelsi, estão na feira Anuga Select Brazil, em São Paulo, de 8 a 10 de abril, para apresentar os diferenciais das suas duYassine Trabelsi as marcas de azeite em relação à concorrência.
“Não usamos maquinário, pesticidas, mantemos as árvores a uma distância de 12 metros entre si para preservar as qualidades do solo. Não buscamos a intensidade que os europeus buscam. Não é uma produção intensiva”, diz Yassine.
O que os traz ao Brasil, diz Yassine, é o “boom” de consumo de azeite pelo qual o país passa, o que abre espaço para novos atores neste mercado dominado pelos fornecedores europeus. “Não é só por este motivo, mas porque no Brasil também são muito difundidas as receitas mediterrâneas, que levam azeite em seu preparo”, acrescenta o executivo.
A colheita da empresa ocorre entre os meses de outubro e janeiro, de inverno na Tunísia, e essenciais para se obter elevada qualidade na extração do produto. As safras variam entre mil e 1,5 mil toneladas anuais, totalmente destinadas à exportação.
Para o Brasil, a Cure All & More traz suas duas marcas: a que leva o mesmo nome da empresa e a Oro de Cartago, ambas oferecidas também na variedade orgânica. As duas marcas, diz Yassine, se assemelham em características e sabor e ambas são uma “homenagem” à técnica do preparo ancestral de azeite.
Ele afirma que tem recebido “retornos positivos” das pessoas que provam o produto e que pode, caso apareçam pedidos, exportar rapidamente ao Brasil. Embora a empresa ainda não venda o produto no País, o laboratório que analisa o azeite produzido pela companhia é certificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária brasileiro, o que tornaria mais rápido o processo de obtenção de autorização para vender seu azeite a clientes brasileiros. Ele diz também que é a partir do Brasil que a companhia busca abrir um novo mercado: a América do Sul.
Fonte: ANBA