A capital sediará a G20 e foi à Brasília mostrar o potencial de sua Zona Franca na FesPIM, saindo-se vitoriosa na Reforma Tributária
Manaus é uma das cidades escolhidas para sediar oito reuniões do G20 em 2024, reuniões em que serão discutidos e ajustados os planos de organização do megaevento mundial. A capital amazonense foi selecionada para ser uma das sedes dos encontros técnicos entre os membros que compõem a cúpula do grupo, comandada pelo Brasil a partir do próximo dia 1° de dezembro. E na segunda edição da FesPIM, a Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus, de 7 a 9 de novembro, em Brasília, sua Zona Franca apresentou a competitividade e o aglomerado econômico do polo industrial.
Essa será a terceira vez que uma reunião do G20 será realizada na América Latina. Em 2012, a cidade de San José del Cabo, no México, foi a primeira. Já em 2018 a reunião foi realizada em Buenos Aires, na Argentina. E há expectativas de que os encontros resultem também em melhorias para a capital e para o Amazonas, sobretudo na Zona Franca de Manaus, que ganhará mais visibilidade diante de 20 potências globais.
Além de Manaus, as reuniões acontecerão também em outras 17 cidades, entre elas Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Campinas, Salvador, Fortaleza, Teresina, Santarém, Belém, Maceió, Cuiabá, Recife e Foz do Iguaçu.
O Grupo dos 20 foi criado em 1999 como respostas às crises financeiras daquela década, concebido inicialmente como um fórum de diálogo econômico entre ministros de finanças e presidentes de bancos centrais. Após crise financeira global de 2008, chefes de Estado e outros ministros passaram a participar dos encontros. Estarão presentes ministros chefes de banco centrais e outras autoridades em assuntos financeiros do Brasil e de outros 19 países.
2ª FesPIM – Há duas semanas, a sanção da Lei 14.697 que define o processo produtivo básico (PPB) de empresas interessadas em receber os incentivos da Zona Franca de Manaus (ZFM), notícia anunciada em primeira mão pelo Senador Omar Aziz (PDS- AM), durante a 2ª Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus que estava em Brasília. O objetivo foi propor unir sustentabilidade e tecnologia, incentivando iniciativas voltadas para a geração de emprego e renda de maneira sustentável. O evento debateu a conservação ambiental na Amazônia e ações de desenvolvimento da Zona Franca de Manaus.
Exposições e palestras colocaram em destaque a importância do modelo da Zona Franca de Manaus (ZFM) para o desenvolvimento econômico do país, aliado à responsável utilização dos recursos naturais.
“Seu faturamento anual, por volta de R$180 bilhões, com investimentos produtivos anuais próximos de U$ 9 bilhões, é formidável e impressionante. Mesmo assim, os brasileiros e a maior parte dos agentes políticos federais que desconhecem e atuam para enfraquecer a ZFM e a política pública que lhe deu origem. Mostrá-la aqui capital federal é uma excelente oportunidade para torná-la mais conhecida e respeitada”, disse o ex-Coordenador Geral de Estudos Econômicos e Empresariais da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), José Alberto da Costa Machado
Machado atua em estudos sobre Polo Industrial de Manaus, Zona Franca de Manaus, desenvolvimento regional amazônico, economia do Amazonas, planejamento estratégico, métodos e métricas sobre desenvolvimento sustentável, bem como, na gestão em ciência e tecnologia na Amazônia.
O superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus, Bosco Saraiva, ressalta que nos primeiros cinco meses de 2023, o Polo Industrial de Manaus (PIM) faturou mais de R$ 72 bilhões, gerando uma média de 108 mil empregos. “Nossa diretriz é produzir renda para a população local e, dessa forma, minimizar os impactos ambientais, garantindo a permanência da ‘floresta em pé’ em benefício da humanidade”, diz Saraiva.
O superintendente aponta que, em sua próxima edição, o evento chegará a outros estados. “Em 2024, a feira será estendida para outros estados do país a fim de reforçar, para os brasileiros, os ganhos advindos do PIM”, salientou Saraiva.
Custo reduzido – Durante o evento foi possível adquirir produtos confeccionados no PIM com custo reduzido. Por meio de parceria com o governo do Distrito Federal, os organizadores obtiveram um diferencial que será adotado durante os três dias da FesPIM. “Nossa diretriz é produzir renda para a população local e, em paralelo, minimizar os impactos ambientais, garantindo a permanência da ‘floresta em pé’ em benefício da humanidade”, diz Saraiva.
Além de práticas sustentáveis, a FesPIM discutiu também propostas de projetos inovadores e de tecnologia para preservação da floresta. Os produtos fabricados nas indústrias de Manaus estão expostos ao público em mais de 30 estantes. “Trouxemos não só o que produzimos, assim como o que produzimos intelectualmente, o que temos já entregue com relação a pesquisa, desenvolvimento e inovação. Esse conjunto de informações que está aqui hoje é exatamente para que Brasília, parlamentares, técnicos, assessores e membros do governo federal possam ver o que de fato é a Zona Franca de Manaus”, disse Saraiva.
Segundo Saraiva, não existe um brasileiro que não tenha um produto da Zona Franca de Manaus em sua residência e esse produto está ajudando a não desmatar a floresta que está sendo preservada com essa geração de emprego para cerca de 120 mil pessoas na capital amazonense. O Amazonas chega a ser a 7ª economia do país. Onde tem Amazônia e não tem Zona Franca, tem devastação como o caso do sul do Pará, do Acre que tem taxas de desmatamento altíssimas devido ao extrativismo e exploração do agronegócio. “A nossa indústria é uma indústria limpa que obedece a critérios. Defendemos o nosso modelo de desenvolvimento. A Amazônia precisa ser preservada e a Zona Franca cuidada. Se você não quer ver a Amazônia ser devastada, não deixe a Zona Franca acabar”, afirma o superintendente.