O governo de Macau anunciou nesta terça-feira (4/2) o fechamento de seus famosos cassinos, motor econômico desta região semiautônoma da China, durante duas semanas para lutar contra a propagação do novo coronavírus. A ex-colônia portuguesa adotou a medida após confirmar o 10º caso de contágio da pneumonia viral que já mato 425 pessoas e infectou mais de 20.000 na China continental.
O chefe do Executivo Ho Iat-seng, que utilizava uma máscara de proteção durante a entrevista coletiva, afirmou que a medida pode ser prolongada se a expansão do novo coronavírus prosseguir. “É uma decisão difícil, mas devemos tomá-la pela saúde dos habitantes de Macau”, declarou Ha Iat-segn, que também anunciou uma reunião com os representantes dos cassinos.
A única vez que a Região Administrativa Especial de Macau fechou seus cassinos aconteceu em 2018, quando a cidade foi atingida por um tufão. As autoridades de saúde da cidade anunciaram nesta terça-feira dois novos casos de infecção, incluindo uma mulher que trabalha em um cassino.
O PIB de Macau, o único território chinês onde o jogo é permitido, aumentou de 6,4 bilhões de dólares em 1999 a mais de 55 bilhões de dólares. Quase 35 milhões de pessoas visitaram no ano passado a cidade de apenas 630.000 habitantes, a grande maioria procedentes da China continental, interessadas em jogar nos cassinos gigantescos.
O chefe do Executivo afirmou que não está previsto fechar a fronteira com a China continental, mas que consideraria a possibilidade de fechar alguns pontos de passagem, uma medida já adotada por Hong Kong.