Os líderes da União Europeia (UE) chegaram a um acordo nesta quinta-feira (10), em Bruxelas, para desbloquear um pacote de 1,8 trilhão de euros para ajudar a resgatar a economia do bloco após a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Em uma publicação no Twitter, o presidente do Conselho da UE, Charles Michel, anunciou o consenso sobre o orçamento para o período de 2021 a 2028 e o plano “Next Generation UE” (“Próxima Geração”).
“Agora podemos começar com a implementação e reconstrução de nossas economias. Nosso pacote de recuperação monumental guiará a transição verde e digital”, escreveu.O acordo prevê a liberação de 750 bilhões de euros, para financiar a recuperação pós-pandemia, e 1,1 trilhão de euros, do Orçamento do bloco para 2021-2028, que tem como foco a digitalização e o combate às mudanças climáticas.
Para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o acordo de 1,8 trilhão de euros também será para “alimentar nossa recuperação e construir uma UE mais resiliente, verde e digital”.
A aprovação foi possível um dia depois de a Polônia e Hungria chegarem a um acordo com a Alemanha, que mantém a presidência rotativa da UE, para retirar seu veto ao orçamento e ao fundo de recuperação. Os dois países discordavam de uma norma que vincularia os repasses europeus ao respeito do Estado de direito.
Esse item não estava no pacto inicial, mas é fruto de um acordo posterior com o Europarlamento, que pressionava por sua inclusão.”O acordo final sobre a ‘Next Generation UE’ acaba de ser alcançado no Conselho Europeu.
Isso significa poder desbloquear os enormes recursos destinados à Itália: 209 bilhões”, afirmou o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, ressaltando que o “orçamento plurianual também foi aprovado.”Agora estamos totalmente adiantados na fase de implementação. Só temos que correr”, enfatizou.
Entre hoje e amanhã (11), os líderes dos 27 países do bloco discutem também novas e ambiciosas metas de redução de emissões de CO² para combater as mudanças climáticas, além de debaterem vacinas contra a Covid-19 e a redefinição das relações com os Estados Unidos.