Novo gabinete tem 30 ministros, entre eles quatro mulheres, e conta com a representação dos principais partidos do país. Nomes foram anunciados pelo primeiro-ministro Saad Hariri
Por France Presse
O Líbano formou nesta quinta-feira (31) um novo governo, comandado pelo primeiro-ministro em fim de mandato, Saad Hariri, depois de mais de oito meses de negociações em meio a divisões políticas e temores de uma crise econômica aguda.
O novo gabinete tem 30 ministros, entre eles quatro mulheres, e conta com a representação dos principais partidos do país.
Os Ministérios de Interior e de Energia ficaram nas mãos de mulheres pela primeira vez na história deste país. O ministro das Relações Exteriores, Gebran Bassil, que também é genro do presidente Michel Aoun, manteve seu cargo, bem como o ministro das Finanças, Ali Hassan Khalil.
“Estamos diante de desafios econômicos, financeiros, sociais e administrativos”, lançou nesta quinta-feira Hariri em coletiva de imprensa.
Em um país onde a economia está em crise, as autoridades têm que levar adiante reformas econômicas consideráveis esperadas pelos investidores.
Esta foi a promessa durante uma conferência internacional de ajuda ao Líbano organizada em abril pela França, chamada CEDRE, e durante a qual a comunidade internacional se comprometeu a desembolsar milhares de dólares em empréstimos e doações. “Sem reformas sérias não pode haver financiamento”, afirmou Hariri.
Depois das eleições legislativas de maio de 2018, as primeiras em quase uma década no país, Hariri se renovou no cargo e teve que formar um novo governo. Mas as difíceis negociações dos principais partidos sobre a distribuição dos ministérios atrasaram a formação deste novo gabinete.
Estas eleições de 2018 foram marcadas por uma baixa participação, um crescimento do movimento xiita Hezbollah – aliado do Irã – e uma baixa do movimento do primeiro-ministro sunita, Saad Hariri.