Embaixadora Carla Jazzar agradeceu a iniciativa brasileira. Ex-presidente Michel Temer é presidente de honra da ação de amparo às vítimas da explosão em Beirute, em 2020.
Após dois anos da tragédia no porto da capital do Líbano que tirou a vida de mais de 200 pessoas e deixou mais de seis mil feridos, a embaixada do país em Brasília, em cooperação com o Ministério das Relações Exteriores, lançou um fundo humanitário de apoio àquela nação árabe. A cerimônia de lançamento do Fundo Humanitário para o Líbano foi na sede diplomática libanesa, no dia 03 de agosto. A boa relação daquele país com o Brasil tem raízes históricas. São quase 12 milhões de libaneses e descendentes que vivem em território brasileiro.
A embaixadora Carla Jazzar abriu a solenidade agradecendo os convidados pela solidariedade para com o Líbano e seu povo. A diplomata destacou toda a ajuda, generosidade e liderança assumida pelo ex-presidente Michel Temer para aliviar a dor do povo libanês. Ela agradeceu também ao Itamaraty, por meio do ministro das Relações Exteriores, chanceler Carlos França, presente à cerimônia.
Em seu discurso, a embaixadora lembrou que após a explosão, há dois anos, foi enviada uma delegação oficial de alto nível liderada pelo ex-presidente Temer para oferecer ajuda humanitária e moral ao povo libanês. Segundo Jazzar, essa generosidade aumenta sua convicção de que o Brasil e sua comunidade de ascendência libanesa são e “sempre serão um pilar de amizade e carinho com o meu país”, disse a diplomata. A embaixadora explicou, em sua fala, que, segundo o Banco Mundial, o Líbano atravessa hoje uma das piores crises econômicas do mundo nos últimos 150 anos.
O Ministro Carlos Franca, que participou da solenidade na embaixada disse, em sua fala, que os libaneses têm uma visão muito positiva sobre o Brasil, país onde muitos prosperaram. De acordo com ele, são muitas famílias que vivem aqui e se destacam como políticos, a exemplo do ex-presidente Michel Temer e vários senadores, empresários, profissionais liberais. “O Hospital Sírio-libanês é uma referência, reconhecido internacionalmente. São apenas alguns exemplos da singularidade desta relação”, disse França. “A diáspora libanesa tornou-se um dos grandes motores do movimento econômico, cultural e da diversidade política que tanto marcaram o Brasil”, destacou.
O ex-presidente Michel Temer, escolhido presidente de Honra da cerimônia afirmou que vai se esforçar para trazer recursos para o Fundo de Ajuda Humanitária e relembrou alguns detalhes sobre a situação do Líbano. Temer visitou o país representando o Brasil logo após a explosão no porto de Beirute. “Quero ressaltar que esse instante, em que o governo brasileiro também comparece pode ser o início da reconstrução do Líbano pela contribuição, não só do que o Brasil dará, mas que o mundo inteiro dará”, finalizou Temer.
Participaram também da cerimônia outras autoridades do governo brasileiro como o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, além de nomes importantes da comunidade libanesa no Brasil dos 27 diferentes estados do país e do presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Osmar Chohfi.