O Diploma de Honra ao Mérito do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão é uma homenagem do governo japonês prestada a indivíduos, grupos ou organizações que tenham realizado contribuições significativas para as relações entre o Japão e outros países. Na segunda-feira (14), Embaixada do Japão realizou a cerimônia de outorga a esta horaria, com solenidade de diplomação realizada na residência oficial do embaixador, em Brasília.
O ex-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Carlos Magno Campos da Rocha e o chef da residência oficial do embaixador, Kazumine Nohara, foram os homenageados do evento,
De acordo com o embaixador Akira Yamada, o engenheiro Carlos Magno contribuiu para cooperação técnica e apoio mútuo entre Brasil e Japão, na área de agricultura, no período em que foi presidente da Embrapa. Magno foi um dos que possibilitaram a implementação do Programa de Cooperação Técnica Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados (Prodecer), promovido a partir de 1974, por meio de uma cooperação bilateral.
Yamada declarou que as pesquisas impulsionadas pelo projeto transformaram a região Centro-Oeste em uma das áreas agrícolas mais produtivas mundialmente. Tornou a região a maior exportadora de soja do mundo.“Em vista de sua escala e seu impacto, o Prodecer é um grande projeto a ser registrado na história agrícola, sendo um símbolo sucedido da cooperação Brasil-Japão da qual japoneses e brasileiros podem ser orgulhar”, ressaltou.
Para que mais pessoas possam conhecer o projeto Proceder, o embaixador salientou que costuma dizer que ele transformou o cerrado, “que até então era considerado estéril, em uma das áreas agrícolas mais produtivas do mundo, impulsionando o Brasil a se tornar um dos maiores produtores de alimentos”.
A parceria firmada entre as duas nações, por meio do Prodecer, tinha o objetivo de desenvolver tecnologias agrícolas que pudessem ser implementadas no Cerrado. Emocionado, Carlos Magno agradeceu a homenagem e também ressaltou a importância da colaboração dos pesquisadores japoneses para o sucesso do programa. “Esses senhores, que vieram para cá foram adotados por nós. Eram verdadeiros líderes, ícones, pais”.
Por ser um projeto novo, Carlos Magno lembrou o quão desafiador foi trabalhar no projeto e o quanto se foi investido na empreitada. “O grande desafio do nosso trabalho foi gerar o novo. Trabalhar com novidade, com coisas que eram inimagináveis”, lembrou.
Chef – O embaixador também homenageou o chef Kazumine Nohara, que lhe acompanha desde sua missão na embaixada do Japão no México. “Chef Nohara sempre cumpriu suas atividades superando obstáculos como o fornecimento de ingredientes japoneses”, elogiou o diplomata.
Além de ser responsável pela preparação dos pratos servidos nos eventos da embaixada, Nohara também trabalha na promoção da culinária japonesa ao realizar demonstrações ao público e workshops junto a integrantes da comunidade nipo-brasileira. “É muito difícil preparar um prato japonês tradicional em um lugar distante do Japão e com uma língua e culturas diferentes. Chef Nohara sempre cumpriu suas atividades superando obstáculos como fornecimento de ingredientes japoneses e comunicação com funcionários locais”, frisou o Yamada.
O homenageado frisou que, tanto no México quanto aqui no Brasil, foi indispensável a ajuda e colaboração de fornecedores de ingredientes da culinária japonesa e dos funcionários das embaixadas. “Por isso, deixo aqui meu sentimento de gratidão a todas as pessoas envolvidas. Vou continuar me dedicando e vou fazer o meu melhor para poder contribuir para o Brasil e o Japão por meio da minha culinária japonesa”, agradeceu Nohara.