Embaixada dos Emirados Árabes promove evento com mensagem de fraternidade
“Que esse mês sagrado nos traga paz, perdão e bênçãos”. Com esse desejo, a embaixadora Hafsa Al Ulama abriu o discurso dela, no dia 30, na festa em que se comemorou o período de oração, resguarda e celebração dos mulçumanos, conhecido como Ramadã. O jantar, que reuniu a comunidade diplomática, autoridades do governo entre outros convidados, no Hotel Royal Tulip, foi em clima de harmonia entre os povos.
“Hoje celebramos a superação das diferenças superficiais de gênero, raça e religião evocando a paz, a união e a tolerância. Essa é a mensagem do Islã e de todas as demais religiões do mundo”, disse Hafsa Ulana. Segundo a embaixadora, os Emirados Árabes apoiam, “fortemente”, a mensagem do Papa Francisco quando ele diz que os seguidores dos mais diferentes credos devem usar a força deles para evocar o respeito pela dignidade e direito dos outros. A seu ver, a religião “não deve ser pretexto para a supressão da liberdade, para o ódio ou a brutalidade”.
Em seu discurso, Hafsa Ulana afirmou ainda que a tolerância é um dos valores centrais da sociedade dos Emirados Árabes que foi passada pelo fundador daquela nação Zayed Al Nahayan. “Ele dizia que devemos tratar todas as pessoas, independente do seu credo ou raça, como uma alma especial, que é uma marca do Islã”, explicou. A embaixadora lembrou que devido à importância desse líder o presidente do país declarou 2018 como o “Ano de Zayed” pois marca os 100 anos de seu nascimento.
Música – Os membros do Coral da Legião da Boa Vontade, LBV, encantaram os convidados com duas apresentações de canções que falavam de paz e união. A entidade é uma das que recebem apoio da Embaixada dos Emirados Árabes. A sede diplomática doou os instrumentos musicais do grupo.
Exposição – Na chegada ao local do jantar, os presentes também puderam apreciar a mostra do fotógrafo colombiano Juan Ramires que vivem atualmente em Dubai. Eram registros de igrejas e mesquitas mostrando os diferentes rituais religiosos daquela cidade.
História – Ramadã é o nome que se dá ao nono mês do calendário islâmico. Durante todo o mês, 1,6 bilhão de muçulmanos ao redor do mundo fazem jejum do nascer ao pôr do sol. Ao longo de toda a penitência, comidas e bebidas não devem ser consumidas e o pensamento deve ser mantido puro. Os fiéis e seguidores da religião acreditam que a prática ensina paciência, modéstia e espiritualidade.
O jejum não é a única coisa exigida durante o período. Os religiosos também devem ficar sem sexo, sem fumar, sem xingar, sem entrar em brigas ou fofocas. Basicamente, muçulmanos não devem fazer nada que seja considerado pecado durante o período que esse ano começou em 17 de maio e vai até 14 de junho.