As embaixadas dos dois países apoiaram o evento com a exibição de filmes e a enogastronomia
Liz Lôbo
Entre os dias 13 e 16 de setembro de 2018, aconteceu, em Pirenópolis, o festival que conjuga cinema, enologia e culinária. Esse ano houve a participação internacional. Dentro das comemorações do centenário da fundação da primeira república da Geórgia foi exibido, no dia 14 de setembro, o documentário georgiano da diretora Nana Jorjadze, “Primeiro Meridiano do Vinho”. O filme, apresentado em primeira mãopelo embaixador David Solomonia, foi o vencedor do Festival de Documentário de Hollywood e conquistou prêmios em festivais na França, Estados Unidos e Espanha, entre outros.
O longa fala sobre os 8000 anos de produção ininterrupta de vinho na Geórgia e mais uma vez apresenta o país como o berço dos vinhedos e do vinho, conta sobre a história e a cultura do vinho e os métodos tradicionais da produção do vinho e sua diversidade. O filme apresenta as maiores regiões de vinho da Geórgia, as espécies de uvas, adegas e produtores de vinho.Após a exibição do documentário, houve uma degustação, onde o público teve a oportunidade de provar o vinho georgiano.
Durante o 9º Slow Filme foram exibidos 11 longa-metragens, quase todos inéditos nas telas brasileiras. Sob a curadoria do cineasta, professor e crítico Sérgio Moriconi estão títulos produzidos na Itália, França, Áustria, Portugal, Brasil, Austrália, Geórgia, Estados Unidos e Líbano. Além da projeção dos filmes foram promovidas conversas com realizadores e especialistas, oficina e degustações gratuitas. SLOW FILME é uma realização da empresa Objeto Sim e conta com apoio das Embaixadas da Itália, da Geórgia, Áustria, Austrália, Portugal e França.
Itália – O 9º Slow Filme também fez uma homenagem à Itália, país onde surgiu o Slow Food. Para começar, o filme que recupera a história do movimento e do homem que o criou foi exibido logo na abertura do festival. “Slow Food Story” apresenta a vida e o pensamento de Carlo Petrini, que revolucionou a alimentação mundial. Outra produção italiana, “Sou eu que cozinho!” promove uma viagem pelos sabores da cozinha tradicional napolitana, através da atividade de cinco importantes chefs – o filme é uma produção do movimento Slow Food Napoli e foi apresentado pela Conselheira Cultural da Embaixada da Itália, Alessandra Crimi.
Já o longa “Lorello e Brunello” acompanha um ano na vida de dois irmãos agricultores da Toscana, mostrando as dificuldades que enfrentam com a ação das grandes corporações no mercado de alimentação. As exibições dessas três produções contam com o apoio da Embaixada da Itália.
O festival – Criado pelas jornalistas e produtoras Gioconda Caputo e Carmem Moretzsohn, e pelo professor e crítico de cinema Sérgio Moriconi, Slow Filme tem por princípio usar a linguagem cinematográfica para refletir sobre questões da nossa contemporaneidade. Ao longo de oito edições, o festival já refletiu sobre temas fundamentais como o desperdício de alimentos, homogeneização x identidade cultural, a boa gastronomia, sustentabilidade.