O governo da Itália publicou na noite deste sábado (22) um decreto com medidas para conter o avanço do novo coronavírus, que já matou 3 pessoas no país.Segundo autoridades, já são mais de 150 casos confirmados da doença. O país enfrenta dificuldades para localizar o “paciente 0”, ou seja, quem trouxe o novo coronavírus para a Itália.
Veja a situação do novo coronavírus na China e no mundo
A legislação de emergência restringe a circulação nas cidades afetadas pelo vírus, proíbe a entrada e saída de pessoas dessas regiões e paralisa atividades comerciais e escolares.De acordo com a imprensa local, 11 cidades são afetadas pelo decreto, com uma população que envolve mais de 50 mil pessoas. Milão suspendeu as aulas e Veneza cancelou os dois últimos dias do famoso Carnaval da cidade. Os dois municípios ainda não estão nas áreas de risco (leia mais abaixo).
O governo italiano listou as seguintes medidas para as áreas com focos da doença:
– os cidadãos que estiverem em áreas ou municípios com caso confirmado de Covid-19 não poderão deixar o local;
– está proibida a entrada de pessoas de fora em áreas ou municípios com caso confirmado da doença;
– suspensão de atividades e eventos públicos de qualquer natureza, mesmo em locais fechados ou públicos;
– suspensão de aulas em todos os níveis escolares e de ensino superior, exceto para ensino à distância;
– suspensão de abertura de museus públicos e outros institutos culturais;
– suspensão de todas as viagens educacionais, nacionais e internacionais;
– cidadão que entrar na Itália será obrigado a avisar o governo que esteve em alguma área de risco de contaminação;
– suspensão de todas as atividades comerciais, exceto as de utilidade pública e serviços públicos essenciais;
– circulação de pessoas para acessar serviços e empresas públicas essenciais está condicionado ao uso de equipamentos de proteção individual (como máscaras);
– limitação no acesso ou suspensão de serviços para o transporte de mercadorias;
– suspensão de atividades de trabalho para empresas, exceto para as que prestam serviços essenciais e de utilidade pública;
Quem não seguir as regras, irá descumprir um artigo do código penal italiano, que prevê multa de 206 euros ou até três meses de prisão. Segundo o jornal “Corriere Della Sera”, até o momento, 11 cidades são afetadas pelo decreto do governo.