O Ministério das Relações Exteriores da Itália convocou nesta segunda-feira (01/03) a embaixadora de Mianmar em Roma, Hmway Hmway Khyne, para pedir o fim da repressão militar aos protestos contra o golpe de Estado no país, que provocou a morte de ao menos 18 pessoas no último fim de semana.
Em comunicado, o Ministério informou que pediu que as “autoridades ponham fim imediatamente a toda e qualquer repressão violenta aos protestos democráticos”. Durante a reunião, o governo italiano prestou “plena solidariedade” a todos os que se manifestam pacificamente há um mês por conta da prisão da líder do país, Aung San Suu Kyi.
Além disso, o país europeu reiterou a “firme condenação” contra o golpe, pediu a “liberação imediata” da prêmio Nobel da Paz e ressaltou a “ilegalidade da decisão militar de cancelas as eleições”.
No último dia 1º de fevereiro, as Forças Armadas de Mianmar assumiram o poder através de uma junta militar e decretaram um ano de emergência devido a uma suposta fraude eleitoral no pleito de dezembro passado.
Desde então, milhares de pessoas foram às ruas para exigir a volta da democracia no território, mas as autoridades militares estão usando a violência para reprimir os atos. Neste domingo (28/02), Myanmar registrou o dia mais violento em todo o mês, com 18 vítimas.