Há exatos 100 anos foi comemorada a vitória italiana na Primeira Guerra Mundial, que completou a unificação do país com a anexação de territórios pertencentes ao Império Austro-Húngaro. Celebrando a ocasião, foi criado o Dia da Unidade Nacional e das Forças Armadas, comemorado no dia 4 de novembro.
Em Brasília, para festejar essa data, a Embaixada da Itália promoveu uma recepção na terça-feira (06), com a presença de membros do corpo diplomático, autoridades e militares brasileiros e italianos. Em discurso, o embaixador Antonio Bernardini relembrou que a Guerra produziu uma unificação entre os italianos, gerando um sentimento de unidade nacional e patriotismo, dado pelo mesmo sacrifício, “Pela primeira vez, milhões de italianos se viram compartilhando um objetivo em comum. Infelizmente, o sacrifício coletivo levou a vitória paga pelo preço mais alto com 700 mil vidas, 270 mil mutilados, mais uma série de prisioneiros”.
Bernardini salientou que a lembrança dessas páginas gloriosas e ao mesmo tempo, tristes da nossa história, servem como advertência “para que essa barbárie [guerra] nunca mais volte a acontecer”.
O adido de defesa junto à Embaixada da Itália, coronel aviador Leonardo Barone frisou durante o evento que a entrada das tropas nas cidades italianas após a vitória marcou o processo de unificação da Itália. Barone salientou que esta é “uma celebração única para homenagear o papel fundamental que as forças armadas desempenharam em prol da unidade e independência da nação”.
HOMENAGENS EM ROMA – A capital italiana, a data também foi celebrada com tributos aos mortos na Primeira Guerra. O presidente da Itália, Sergio Mattarella, depôs uma coroa de flores no Altar da Pátria, em Roma. “A data resume os valores de uma identidade nacional longamente perseguida pelos povos da Itália, com grandes sacrifícios feitos pelo povo italiano na Primeira Guerra Mundial”, declarou o chefe de Estado.
O presidente também louvou as Forças Armadas, que “garantem a proteção dos direitos humanos e lutam contra o terrorismo nas áreas mais martirizadas do nosso planeta”. A Itália participa de missões militares em países como Afeganistão, Egito, Líbia e Níger, a maioria delas no âmbito das Nações Unidas (ONU) ou da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).