Hassan também rejeitou os apelos para a ampliação dos termos para incluir os países da região. O novo presidente americano, Joe Biden, quer voltar ao acordo de 2015 que deveria impedir que Teerã desenvolvesse armas nucleares, depois que seu antecessor, Donald Trump, retirou os Estados Unidos do pacto em 2018. Mas Biden deseja que o Irã volte primeiro a respeitar seus compromissos, que Teerã deixou de cumprir em resposta às sanções americanas que estão em vigor há três anos. Os iranianos exigem, porém, que Washington dê o primeiro passo com a suspensão das sanções.
Em dezembro, a Arábia Saudita, principal rival regional do Irã, pediu para ser “consultada” antes de qualquer possível negociação entre Washington e Teerã sobre o programa nuclear. “Nenhuma cláusula do PAIC mudará. Quero que saibam. E ninguém será adicionado”, disse Rohani em uma reunião de gabinete exibida pela televisão, em referência ao Plano de Ação Integral Conjunto (PAIC), nome oficial do acordo. “Se querem este acordo, todos têm que cumpri-lo. Se não fizerem isto, podem ir embora e viver sua vida”, completou. O acordo nuclear de 2015 – com a participação dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Estados Unidos), e a Alemanha – está sob risco desde a retirada de Washington em 2018.