A Embaixada da Índia organizou, no dia 29 de setembro, um almoço para jornalistas e profissionais da mídia, oportunidade em que fez uma breve apresentação sobre as relações Índia-Brasil e as várias iniciativas recentes do governo daquele país como “AtmaNirbhar Bharat”, uma Índia autossuficiente e interligada às cadeias globais, e as principais reformas. O diplomata quis mostrar um país que, com uma população de um bilhão e quatrocentos milhões de habitantes, tem uma economia vibrante e é um excelente mercado para investidores internacionais.
Suresh Reddy (foto) deixou claro o desejo de fomentar as relações bilaterais. Em 2019, segundo ele, o comércio entre a Índia e o Brasil foi de R$ 7,02 bilhões. As duas nações também têm acordos nas áreas de coordenação estratégica e política, de defesa e segurança, e de ciência, tecnologia e inovação. Empresas indianas atuam no Brasil nos setores químicos, de petróleo e gás, mineração, farmacêutico e agrícola. Já na Índia, estão instaladas empresas brasileiras nos setores de alimentação, energias renováveis, defesa e aviação, e químicos.
Em sua apresentação, o embaixador definiu a Índia e o Brasil como “duas grandes democracias, líderes em seus respectivos continentes, ativamente moldando uma agenda internacional e parceiras na liderança de organizações de desenvolvimento como Brics, G-20 e G-4”.
O embaixador atualizou sobre a diplomacia médica da Índia, os vários desenvolvimentos da vacina contra a COVID-19 e o papel que aquela nação está desempenhando como a “Farmácia do mundo”! Um em cada três comprimidos consumidos nos Estados Unidos é feito na Índia, de acordo com ele. “Mesmo durante este tempo muito difíceis com a violenta pandemia, a indústria farmacêutica da Índia enviou medicamentos essenciais para mais de 150 países”, afirmou.
O diplomata lembrou o discurso do primeiro-ministro Narendra Modi, na Organização das Nações Unidas no dia 26 de setembro, no qual o primeiro-ministro garantiu a produção de vacinas indianas à comunidade mundial e uma capacidade de entrega para ajudar a humanidade a superar esta crise. Segundo Suresh Reddy, “a Índia é a maior produtora de vacinas no mundo”.
Em sua apresentação, o embaixador fez um comparativo de valores da vacina para a COVID-19. De acordo com dados por ele divulgados, a Pfizer e empresa de biotecnologia alemã BioNTech SE terá um valor aproximado de US$ 19.50 ou R$ 110,50. Já a da Moderna, entre US$ 32 e US$ 37 (R$181,33 e R$210). “O Instituto Sorológico da Índia está desenvolvendo uma vacina native que custará em torno de US$ 3 ou cerca de R$17”, garantiu.
Perfil – O Embaixador Suresh Reddy assumiu o cargo de Embaixador da Índia no Brasil no dia 13 de setembro de 2020 e apresentou suas credenciais ao Presidente Jair Bolsonaro no dia 21 de setembro. O diplomata serviu em Cairo, Muscat, Abu Dhabi, Islamabad e, posteriormente, foi o Embaixador da Índia no Iraque e na ASEAN. Ele também serviu como Enviado Especial do Governo da Índia para o Iraque de junho a dezembro de 2014 abordando todas as questões relacionadas à segurança, bem-estar e evacuação de cidadãos indianos.
No Ministério, Suresh Reddy ocupou cargos sensíveis e cruciais, incluindo o de Chefe do Gabinete do Ministro de Estado das Relações Exteriores e esteve envolvido com os países vizinhos de Bangladesh, Mianmar, Sri Lanka e Maldivas em diferentes funções, inclusive como Oficial de Escritório/Diretor/Diretor-Geral.
O Embaixador Reddy chefiou a Divisão de Relações Econômicas Multilaterais no Ministério das Relações Exteriores de dezembro de 2018 a janeiro de 2020 e foi Sous Sherpa da Índia para o G20, G7, BRICS e IBAS. Desde janeiro de 2020, nomeado como Secretário Adicional (Europa), o Embaixador Reddy estava coordenando o envolvimento da Índia com a Europa e a Ásia Central.