Nesta quarta-feira, 13, o embaixador da Índia no Brasil, Suresh K. Reddy, reuniu-se com o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados (CREDN), Pedro Vilela (PSDB-AL), a quem expressou a sua preocupação quanto à burocracia que inibe uma maior presença de empresas do seu país no Brasil. Reddy destacou a importância das empresas indianas presentes no Brasil e os milhares de empregos gerados, especialmente na área de Tecnologia da Informação.
Apesar dos entraves, os investimentos indianos no Brasil, estimados em cerca de US$ 6,5 bilhões, apresentaram visível tendência de crescimento nos últimos anos. No Brasil, o investimento indiano abrange empresas de diversos setores da economia, em operações nos campos siderúrgico, automobilístico, de tecnologia de informação, farmacêutico, agropecuário, eletrônico, de energia e do agronegócio.
Pedro Vilela concordou que é preciso reduzir a burocracia como forma de atrair investimentos e coincidiu que a Índia, além de parceira nos BRICS “é uma potência emergente como o Brasil e com um mercado exigente e interessado nos produtos brasileiros”, afirmou.
Vilela reconhece a Índia como um dos pilares de prosperidade na Ásia, bem como espaço privilegiado para a captação e geração de investimentos. “A Índia apresenta uma das maiores taxas de crescimento entre as grandes economias do mundo, e o Brasil tem especial interesse em aprofundar o relacionamento bilateral, sobretudo no pós-pandemia”, acrescentou.
Suresh K. Reddy também destacou a importância do turismo para os indianos e defendeu que o Brasil se abra mais para recebê-los. Outra área de interesse diz respeito à aviação comercial, em que a EMBRAER pode ser uma importante parceira. Para se ter uma ideia do gigantismo desse setor, apenas para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, partem, diariamente, cerca de 200 voos da Índia, com turistas.
Além disso, a Índia quer fortalecer a cooperação bilateral em ciência, tecnologia e inovação. E em relação ao comércio, conta com o apoio do Brasil para a expansão do Acordo de Comércio Preferencial com o MERCOSUL.