Localizado na porção centro-sul do continente europeu, a Hungria é banhada de norte a sul pelo segundo maior rio do continente, o Danúbio. Atualmente, o país é membro da União Europeia, da OTAN, da OCDE, do Grupo de Visegrád e do Espaço Schengen. Porém, para chegar onde se encontra atualmente, o país passou por uma série de guerras, desmembramentos e conflitos. O fim de tanta instabilidade chegou durante a revolução de 23 de outubro de 1956.
Para celebrar esse dia, que se tornou a Data Nacional do país, o embaixador da Hungria Zoltán Szentgyörgyi recebeu convidados na sede da embaixada, em Brasília, na última terça-feira (22). O diplomata declarou que a celebração é uma homenagem pela memória dos heróis que deram suas vidas ao lutar contra um regime autoritário comunista e contra as tropas soviéticas que dominavam o território.
Szentgyörgyi relembrou a luta da população, que fez toda diferença durante esse período que iniciou o desprendimento do regime da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). “O povo húngaro decidiu não aguentar mais e foi as ruas de Budapeste. Para nós, 1956 foi símbolo de liberdade. O povo húngaro tomou a iniciativa várias vezes e foi o primeiro a lutar e arriscar sua vida pela sua liberdade e democracia”.
RELAÇÕES COM O BRASIL – Em 2019, Brasil e Hungria estreitaram laços, e esse tema foi abordado pelo diplomata, que relembrou as visitas bilaterais entre representantes dos países. “Este ano, nos aproximamos mais, incluído a visita do Primeiro-ministro da Hungria para a posse de Jair Bolsonaro, e do Ministro de Negócios Estrangeiros no início de outubro”.
O ritmo de desenvolvimento das relações ficou incrível, nas palavras do embaixador, que também frisou as visitas feitas pelo Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo em maio desse ano, e da Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves à Hungria.
HISTÓRIA – A Hungria constituiu-se com o desmembramento do Império Austro-Húngaro, após a Primeira Guerra Mundial. Durante a Segunda Guerra, o país apoiou a Alemanha nazista, que foi derrotada no conflito. Em seguida, com o apoio da URSS, o país adotou o comunismo como sistema político-econômico. Essa decisão teve forte oposição de parte da população, que foi reprimida com violência. Somente em 1990, a Hungria estabeleceu a transição para o mercado livre, sendo uma das primeiras nações ex-comunistas a integrar a União Europeia (UE).
Em 23 de outubro de 1989, a Hungria tornou-se novamente uma república parlamentar democrática e atualmente tem uma economia de alta renda, com um alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O país também é um destino turístico popular, atraindo cerca de 10 milhões de visitantes por ano.