O artista italiano Salvatore Garau trás para Brasília uma significativa parte de sua recente produção
O Museu da República hospedará, até 04 de dezembro, a mostra “Salvatore Garau – 1993/2015 Papéis e Telas”, aberta pelo embaixador da Itália, Antônio Bernardini, no dia 08 de novembro. A exposição reúne cerca de 60 obras sobre papel ou tela, uma série de trabalhos realizados ao longo de duas décadas pelo artista, que vem se destacando também na música, na literatura e na produção cinematográfica.
Salvatore trouxe pela primeira ao Brasil, quadros recém-criados e desenhos antigos que ainda não haviam sido expostos ao público. “Não sei como esqueci esses desenhos de 1993 que são particularmente queridos, mas agora estão participando de uma mostra tão importante”, disse o artista. Ele já expôs na Argentina e no Uruguai.
De acordo com críticos de arte, as obras de Salvatore “são tomadas por uma nova dimensão, onde o infinito se cruza com o profundo, que pode ser tão minúsculo quanto energizante ao mesmo tempo”. Em seus trabalhos, não têm a presença do homem, mas, a seu ver, senti-se a presença humana em vários deles. “Não falo das obras porque podem dizer que elas não falam o bastante”, finalizou seu curto discurso.
“É minha primeira participação na abertura de uma exposição promovida pela embaixada e de um dos mais interessantes artistas contemporâneos da Itália”, disse o embaixador italiano, Antônio Bernardini. O diplomata lembrou que “as duas cidades irmãs”, Brasília e Roma, compartilham do título de Patrimônio Mundial da Humanidade. “Estou feliz que a exposição seja em um dos lugares símbolos de Niemeyer onde já teve outras mostras de italianos”, afirmou Bernardini.
Salvatore Garau nasceu em Santa Giusta (Oristano), diplomou-se na Academia de Belas Ares de Florença, suas obras estão em algumas das coleções particulares mais prestigiosas do mundo. Na abertura da mostra, que tem o apoio também do Instituto de Cultura Italiana de São Paulo, estavam presentes ainda do responsável pela Cultura Italiana da Embaixada da Itália, Lorenzo Trapassi, o secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis.