O presidente do governo espanhol anunciou hoje que vai abrir fronteiras em julho e promete dar garantias de segurança sanitária aos turistas, desafiando os espanhóis a planificarem as suas férias, desde já, em território nacional. “Haverá temporada turística estão verão”, assumiu o presidente Pedro Sánchez que desafiou os profissionais da hotelaria a “reiniciarem a sua atividade em poucos dias”, uma vez que defendeu que o setor turístico tem um “papel fundamental” na economia e na criação de emprego em Espanha.
Neste sentido, Pedro Sánchez desafiou, em conferência de imprensa, os espanhóis a planearem as suas férias e a “tirarem proveito das maravilhas da oferta nacional”, porque “muitos poderão fazê-lo, praticamente, a partir de agora”. Quanto ao turismo internacional, Pedro Sánchez avisou: “Espanha espera-vos a partir do mês de julho e quem pisar Espanha pode contar com um território com garantias sanitárias e comprometido com a sustentabilidade do nosso planeta”.
“Espanha precisa de turismo e o turismo precisa de segurança na origem e segurança no destino, por isso garantiremos que os turistas não corram nenhum risco, nem tão pouco nos trarão riscos ao nosso país”, afirmou. Para Sánchez, “não há oposição entre saúde e negócios” até porque, defendeu, “sem saúde não há negócios” e, neste sentido, disse que o “governo combinará o firme apoio econômico ao setor com plenas garantias sanitárias”.
Também hoje o presidente do governo espanhol anunciou que a curva no contágio pelo novo coronavírus está com um “índice de reprodução de 0,20”, ou seja, “bem mais abaixo de um” e lembrou que, “há dois meses, quando uma pessoa infectada transmitia a doença, o fazia a mais de três pessoas”. Ainda assim, em conferência de imprensa no Palácio da Justiça, em Moncloa, o responsável político pediu “prudência para vencer o vírus na reta final de abrandamento” das medidas impostas pelo governo.
“Estamos a um passo da vitória, mas ainda estamos em emergência sanitária, o vírus não desapareceu, ainda está à espreita e temos que mantê-lo afastado, é essencial não relaxarmos”, disse. Pedro Sánchez destacou que “a coisa mais difícil já aconteceu” e entre as realizações alcançadas destacou que, na semana de 11 a 17 de maio, o número de recuperados foi de 13.328, em comparação com 3.944 novos casos.
“Conseguimos isso, e não foi por acaso, mas sim por força de vontade, disciplina, determinação e moral da vitória”, assegurou, reconhecendo o “trabalho esmagador” dos profissionais de saúde e o “sacrifício de todos os cidadãos”. A partir de segunda-feira, assumiu, toda a Espanha está na fase um e dois e, portanto, podem reencontrar-se familiares e amigos, o comércio e esplanadas poderão reabrir e as ruas recuperarão a sua vitalidade com a “necessária prudência e responsabilidade”.
Pedro Sánchez disse ainda que o governo aprova a declaração das jornadas de luto oficial, as mais prolongadas na atual democracia, a partir de terça-feira, quando todo o território espanhol estiver na fase um de abrandamento.O chefe do executivo disse ainda que depois de a sociedade espanhola “interromper a pior calamidade da saúde do último século”, durante o “mais longo luto oficial da história da democracia”, as bandeiras de edifícios públicos e navios da marinha ficarão a meia-haste”. A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 338 mil mortos e infectou mais de 5,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios.