O anúncio foi feito pelo presidente francês Emmanuel Macron. O encontro está marcado para 24 de outubro, em Paris.
Por iniciativa do presidente francês, Emmanuel Macron , e após a viagem realizada pelo ministro da Europa e dos Assuntos Exteriores, Jean-Noël Barrot, ao Oriente Médio, a França organizará uma conferência internacional em apoio ao povo e à soberania do Líbano, em Paris em 24 de outubro. O objetivo é buscar o apoio da comunidade internacional às instituições e à população libanesa, anunciou nesta quarta-feira (9) o Ministério das Relações Exteriores da França.
“Esta conferência ministerial reunirá os Estados parceiros do Líbano, as Nações Unidas, a União Europeia e organizações internacionais, regionais e da sociedade civil”, diz o comunicado oficial do governo francês. O documente afirma ainda que o encontro também buscará “identificar formas de apoiar as instituições do Líbano, em particular as Forças Armadas libanesas, que garantem a estabilidade interna do país”. A França acredita que a eleição de um presidente no Líbano é o primeiro passo para restabelecer o funcionamento de suas instituições políticas, e apoiamos os esforços nesse sentido.
Diante dessa grave e profunda crise política e humanitária, a França quer reiterar, por meio dessa conferência internacional, a necessidade urgente de cessar as hostilidades e de alcançar uma solução diplomática que tenha como base a Resolução 1701 do Conselho de Segurança, e que permita que as pessoas deslocadas em Israel e no Líbano retornem em segurança para suas casas
No dia 23 de setembro, Israel começou a bombardear intensamente os redutos do movimento islamista libanês no sul e leste do Líbano, assim como nos subúrbios no sul de Beirute. No dia 30 de setembro, o Exército israelense lançou uma ofensiva terrestre no sul do Líbano. Israel afirma que seu objetivo é afastar os milicianos pró iranianos de suas áreas de fronteira para reduzir as hostilidades e permitir que cerca de 60.000 habitantes do norte, que fugiram da violência, retornem para casa. Após ter enfraquecido o movimento islamista palestino Hamas em sua ofensiva destrutiva em Gaza, o Exército israelense deslocou, em meados de setembro, a maior parte de suas operações para o Líbano, com o objetivo de combater o Hezbollah.