O passaporte sanitário passou a ser obrigatório na França, desde esta terça-feira (20) para frequentar cinemas, teatros, museus, parques de diversão, zoológicos e piscinas públicas. Os franceses têm agora de apresentar uma prova de vacinação ou um teste negativo de Covid-19 recente para acessar inúmeros locais de lazer, no momento em que explode o número de contaminações devido à variante Delta. O passaporte passa a ser exigido em locais de lazer e cultura que reúnam mais de 50 pessoas (contra 1.000 anteriormente).
Continuam em forte alta no país, com 18.000 casos registrados pela nova variante contaminações, o dobro em relação à semana passada. De acordo com o primeiro-ministro Jean Castex “ela é majoritária e a diferença é que [a Delta] é mais contagiosa, por isso um aumento de 140% numa semana”, informou em entrevista. Segundo Castex, no entanto “há outro número que caracteriza a situação atual: 96% dos novos casos registrados são de não vacinados”. “O mundo é confrontado a uma quarta vaga e temos que reagir e a chave é a vacina”, garantiu o Primeiro-Ministro.
Na opinião de Castex, o passaporte sanitário é uma incitação à vacinação e um meio de deixar abertos, o maior tempo possível, os lugares que, sem o passe e com aumento da epidemia não poderiam estar abertos. “Ajudem-nos a conseguir reabrir”, pediu C, numa mensagem endereçada aos antivacinas.
“O governo não pode negligenciar aqueles que não querem se vacinar ou estão indecisos”, disse Castex. Mas as autoridades não vão tolerar “quem usa ideologias políticas contra as vacinas. Não é possível comparar [o passaporte] com a estrela [de Davi amarela] portada pelos judeus ou colocar fogo em postos de vacinação, isso não pode”, reagiu. “Isso não é uma ditadura, não há uma minoria que se impõe sobre a maioria”, completou, anunciando uma semana de pedagogia antes do início das sanções.